O governo do Japão anunciou a compra de 10,5 mil ultrafreezers laboratoriais para armazenar as vacinas contra o novo coronavírus, cuja conservação tem que ser em um ambiente com temperatura inferior a -70°C. Com a compra, o Japão dá início a uma campanha de vacinação em massa enquanto bate recorde diário de novos casos de Covid-19.
Mesmo sem ainda ter uma vacina aprovada para a aplicação, o país tem se empenhado na logística para a vacinação em massa da população, cujo calendário e tabelas já estão em sua reta final de preparação, de acordo com o Ministério da Saúde do Japão, que já estabeleceu a ordem por grupos, sendo os profissionais da saúde e idosos os primeiros da fila, segundo informou a Agência Kyodo.
O Japão tem acordos para comprar um total de 290 milhões de doses de vacinas da Pfizer/BioNtech, AstraZeneca e Moderna, o número é suficiente para imunizar 145 milhões de pessoas – a população total do país está em aproximadamente 126 milhões de pessoas.
A vacina da Pfizer já foi aprovada em pelo menos três países: Reino Unido, Canadá e Bahrein. Contudo, a aplicação em massa dessas vacinas encontra um entrave, já que o armazenamento delas só pode ser feito em temperaturas muito baixas. O imunizante precisa ser mantido em uma temperatura inferior a – 70° C para não perder sua eficácia.
Segunda onda no Japão
O arquipélago japonês tem visto o número de infectados aumentar a cada dia. Apenas nas últimas 24 horas, foram registrados o recorde de 2.078 novos casos, segundo um balanço publicado no site NHK News, da emissora pública japonesa NHK.
Embora o Japão tenha menos casos de coronavírus nesta segunda onda da pandemia, em comparação com os países ocidentais, as novas infecções voltaram a crescer em razão do começo da temporada do inverno no hemisfério norte.
A capital japonesa bateu o recorde no número de novos casos de Covid em apenas um dia. Nas últimas 24 horas, foram 602 infectados. É a primeira vez desde o começo da pandemia que esse número passa do patamar de 600 na cidade.
Profissionais de saúde já contam que os hospitais estão sobrecarregados. A governadora de Tóquio, Yuriko Koike, pediu para que as pessoas só saiam de suas casas para atividades essenciais, principalmente os idosos e suas famílias.
Mundo-Nipo (MN)
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