O governo japonês elevou o limite diário de entradas no país para 10.000. O número inclui cidadãos japoneses e estrangeiros. De acordo com informações do NHK News, site de notícias da estatal NHK, o objetivo é reavivar as atividades sociais e econômicas, apesar do de uma nova escalada de casos de Covid-19, além da confirmação do primeiro caso de Covid-19 pela variante XE da Ômicron.
O limite foi aumentado no domingo (10) pela terceira vez desde 1º de março, dia em que a entrada de visitantes estrangeiros no país foi retomada e o número foi elevado de 3.500 para 5.000 por dia, incluindo cidadãos japoneses. Duas semanas depois, em 14 de março, o limite foi aumentado em 2.000, para 7.000 pessoas.
Autoridades dizem que agora é possível aceitar 10.000 por dia em razão de medidas intensificadas contra a Covid-19, tais como controles de quarentena, bem como a exigência de comprovante de vacinação e seus respectivos reforços, além do teste negativo para o vírus.
O governo do primeiro-ministro Fumio Kishida planeja aumentar ainda mais o limite passo a passo para aceitar mais estudantes estrangeiros, estagiários técnicos e empresários. Há ainda a intenção do governo em reabrir as fronteiras do país para turistas estrangeiros em algum momento deste semestre.
O momento e a escala do aumento permanecem incertos, já que novos casos diários de Covid-19, principalmente da variante ômicron, estão aumentando novamente no Japão.
Variante XE da Ômicron
Nesta segunda-feira (11), o governo do Japão confirmou o primeiro caso de Covid-19 pela variante XE da Ômicron, uma recombinação das sublinhagens BA.1 e BA.2.
A pessoa infectada é uma passageira que chegou dos EUA, na faixa dos 30 anos, e desembarcou no Aeroporto de Narita, em Tóquio, no dia 26 de março, segundo noticiou a NHK News.
O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar do Japão informou que a mulher testou positivo para o vírus, que é altamente contagioso, na estação de quarentena do aeroporto de Narita.
O gene da amostra foi analisado pelo NIID-Instituto Nacional de Doenças Infecciosas, onde foi confirmado como a variante XE.
A XE foi relatada no Reino Unido e em outros países, mas esta é a primeira vez que foi registrada no Japão.
A variante XE é uma combinação das subvariantes da Ômicron, que se espalhou na sexta onda, e é considerada mais infecciosa. Estima-se que a propagação da infecção seja 12,6% mais rápida que a as duas primeiras sublinhagens da Ômicron (BA.1 e BA.2).
== Mundo-Nipo (MN)