Refrigerante em excesso prejudica os dentes tanto quanto a cocaína

Os altos níveis de acidez dos refrigerantes costumam acelerar a erosão dos dentes, favorecendo um aumento na incidência de cáries.

Do Mundo-Nipo

Um estudo publicado no jornal General Dentistry afirma que o refrigerante, com ou sem açúcar, consumido em excesso é tão prejudicial para os dentes quanto o consumo de metanfetamina, cocaína e crack.

 

Refrigerante em lata (Foto: Divulgação)
Os altos níveis de acidez dos refrigerantes costumam acelerar a erosão dos dentes, favorecendo um aumento na incidência de cáries (Foto: Divulgação)

 

O autor do estudo, professor Mohamed Bassiouny, da Temple University, na Filadélfia, alega que todos os refrigerantes são extremamente ácidos e, por isso, causam problemas similares.

A acidez do refrigerante advém do ácido cítrico e do ácido fosfórico. Se o consumidor não tiver uma higiene bucal correta e regular, a constante exposição a essa acidez poderá causar erosão dental.

Para o especialista, mesmo quem opta pelo refrigerante diet, tem alto risco de comprometer os dentes se negligenciar os cuidados com a higiene.

Pacientes acompanhados durante os estudos comprovaram que o hábito de estar sempre com uma latinha de refrigerante na mão, consumindo a bebida, muitas vezes, como se fosse água, fez com que seus dentes ficassem danificados, descoloridos e desgastados – tão comprometidos quanto os dentes de usuários de metanfetamina, cocaína e crack.

“No caso dessas drogas ilegais, elas reduzem a quantidade de saliva na boca, aumentando o efeito da acidez. Além disso, os usuários não costumam dar a devida importância à escovação e ao uso do fio dental”, diz Bassiouny.

Para quem tem o hábito de comer um lanchinho sempre acompanhado de um copo de refrigerante, a dica é enxaguar bem a boca, mesmo se estiver em estabelecimentos públicos como uma lanchonete. Vale ressaltar que a escovação, apesar de imprescindível, não pode ser realizada imediatamente após a ingestão de alimentos ácidos, porque haverá ação ácida associada à ação mecânica da escovação. “O ideal é fazer sempre um bochecho com água e aguardar pelo menos 30 minutos antes de escovar os dentes”, disse a Doutora Sandra Kalil Bussadori, professora da Escola de Aperfeiçoamento Profissional da APCD (Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas).

Já para os mais velhos, além da diminuição espontânea do consumo de refrigerante, a cirurgiã-dentista chama atenção para os riscos, também, dos energéticos e bebidas esportivas, que são geralmente consumidos para repor os sais minerais.

“Os níveis de pH dessas bebidas também costumam acelerar a erosão dos dentes, favorecendo um aumento na incidência de cáries. A erosão dental é a perda de tecido duro da superfície dos dentes. Essa perda é muito agressiva para a saúde bucal, podendo desencadear dor e sensibilidade exagerada, além das manchas que comprometem a aparência do paciente. A restauração do esmalte e da dentina exige muito do profissional e do paciente – que terá de investir bastante tempo e recursos na recuperação do sorriso”, alerta a especialista.

 

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