Japão aprova transplante com células iPS em pacientes com lesões na coluna

O transplante é o primeiro do tipo no mundo e será realizado em quatro pacientes que perderam completamente suas funções motoras.
Coluna dorsal em 3D Sotckvault 18 02 19
©Stockvault

Um grupo de pesquisadores japoneses anunciou que recebeu aprovação do Ministério da Saúde do Japão para realizar, já neste ano, testes clínicos de transplantes com células-tronco pluripotentes induzidas (iPS), que têm o potencial de se desenvolver em qualquer célula do corpo, para tratar lesões na medula dorsal, no que será o primeiro transplante do tipo no mundo.

O teste será realizado por uma equipe da Universidade de Keio, em Tóquio. O procedimento foi aprovado pelas autoridades e deve ocorrer no final deste ano em quatro pacientes.

Trata-se do transplante de dois milhões de células iPS na coluna em cada um dos pacientes. Após a operação, os pacientes passarão por reabilitação e serão monitorados por um ano.

O principal objetivo do teste, que a equipe apresenta como o primeiro do mundo no campo, é verificar se as células transplantadas são inócuas e validar o método de transplante.

“Faremos o máximo possível para proporcionar tratamento aos pacientes e garantir sua segurança”, declarou Hideyuki Okano, professor de fisiologia, em entrevista coletiva.

O estudo será realizado em pacientes com 18 anos ou mais que perderam completamente suas funções motoras e sensoriais.

No Japão, mais de 100 mil pessoas se encontram paralisadas por lesões na medula dorsal. Mas, até o momento, não há tratamento eficaz.

“Já se passaram 20 anos desde que comecei a pesquisar o tratamento com células (iPS). Finalmente, podemos iniciar um teste clínico”, disse o confiante professor Okano.

A aprovação dos testes para tratar lesões na medula ocorre pouco meses depois que uma equipe de pesquisadores em Quioto anunciar, em novembro, que obtiveram sucesso ao transplantar células iPS para o cérebro de um paciente portador de Parkinson.

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Segundo os pesquisadores, o paciente ficou estável após a operação. Desde então, ele está sendo monitorado, o que deverá ocorrer ao longo de dois anos.

MN – Mundo-Nipo
Fonte: Medical Express / Via Agência AFP.


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