Do Mundo-Nipo com Agência Kyodo
Uma equipe de pesquisadores do Japão ganhou o prêmio Ig Nobel em física deste ano. O Ig Nobel é uma espécie de paródia ao prêmio Nobel, que busca reconhecer as pesquisas mais estranhas e improváveis de todo o mundo e os japoneses têm recebido esse prêmio por oito anos consecutivos.
A divertida cerimônia da 24ª edição do Prêmio Ig Nobel foi realizada na quinta-feira (18), no teatro da prestigiosa Universidade de Harvard, em Cambridge (Massachusetts), nordeste dos Estados Unidos.
Os vencedores das 10 dez categorias foram reconhecidos por pesquisas ou inventos que visam entreter e estimular as pesquisas em geral. “Os prêmios Nobel alternativos premiam descobertas científicas que fazem primeiro as pessoas rirem e depois refletirem”, conforme definem os organizadores em seu site.
O evento, que acontece desde 1991, é organizado pela revista científica Annals of Improbable Research (Anais das Pesquisas Improváveis).
Confira abaixo os vencedores das 10 categorias:
Física
A equipe japonesa, da Universidade Kitasato, recebeu o prêmio de física com a pesquisa intitulada “Coeficiente de Fricção sob a Casca de Banana”. Kiyoshi Mabuchi, Kensei Tanaka, Daichi Uchijima e Rina Sakai estudaram o poder de deslizamento de cascas de banana. Os cientistas mediram a capacidade de escorregamento e concluíram que a casca de banana é seis vezes mais escorregadia que um piso normal, embora não tanto como um esqui sobre a neve.
Após a cerimônia de premiação, o professor Kiyoshi Mabuchi, da Universidade Kitasato, disse que a ciência envolve a descoberta do desconhecido. “Muitas coisas ainda são desconhecidas e essa é a razão que faz as pesquisas tão interessantes”, disse.
Neurociência
O prêmio Ig Nobel de Neurociência foi concedido a Jiangang Liu, Jun Li, Lu Feng, Ling Li, Jie Tian e Kang Lee, por tentarem entender o que se passa no cérebro das pessoas que veem Jesus (e outros rostos e formas) em um pedaço de torrada. Esse fenômeno é conhecido como pareidolia.
Psicologia
O prêmio Ig Nobel de Psicologia foi concedido a Peter K. Jonason, Amy Jones e Minna Lyons, por descobrirem que as pessoas que ficam acordadas até tarde, os notívagos, tendem a ter mais autoadmiração, ser mais manipuladoras e mais psicopatas do que as pessoas que dormem cedo habitualmente.
Saúde Pública
O prêmio Ig Nobel de Saúde Pública foi concedido a Jaroslav Flegr, Jan Havlicek, Jitka Hanusova-Lindova, David Hanauer, Naren Ramakrishnan e Lisa Seyfried, por estudarem se era mentalmente saudável para as pessoas ter um gato.
Biologia
O prêmio Ig Nobel de Biologia foi concedido a Vlastimil Hart, Petra Novakova, Erich Pascal Malkemper, Sabine Begall, Vladimir Hanzal, Milos Jezek, Tomas Kusta, Veronika Nemcova, Jana Adamkova, Katerina Benediktova, Jaroslav Cerveny e Hynek Burda, por documentarem que cães alinham seu corpo de acordo com o campo magnético da Terra quando agacham para fazer cocô.
Artes
O prêmio Ig Nobel de Artes foi concedido a Marina de Tommaso, Michele Sardaro e Paolo Livrea, por medirem a dor que as pessoas sofrem quando olham para uma pintura feia, bonita ou neutra enquanto um feixe de laser é apontado para sua mão.
Economia
O prêmio Ig Nobel de Economia foi concedido ao Instituto Nacional de Estatística da Itália por assumir a liderança no cumprimento do mandato da União Europeia de aumentar o tamanho oficial da sua economia nacional, incluindo nos dados as receitas de prostituição, venda de drogas ilegais, contrabando e outras transações financeiras ilícitas.
Medicina
O prêmio Ig Nobel de Medicina foi concedido a Ian Humphreys, Sonal Saraiya, Walter Belenky e James Dworkin pelo tratamento de hemorragias nasais “incontroláveis” com tiras de carne de porco curado.
Ciência Ártica
O prêmio Ig Nobel de Ciência Ártica foi concedido a Eigil Reimers e Sindre Eftestol, por pesquisarem como renas reagiam a humanos disfarçados de ursos polares.
Nutrição
O prêmio Ig Nobel de Nutrição foi concedido a Raquel Rubio, Anna Jofra, Belen Martin, Teresa Aymerich e Margarita Garriga, por seu estudo do uso de bactérias fecais infantis como potenciais probióticos para embutidos fermentados, ou seja, colocar bactéria do fezes humana em alimentos.
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