Do Mundo-Nipo
Uma pesquisa realizada por um grupo de obstetras e ginecologistas de 26 hospitais de todo o Japão constatou que 54 grávidas decidiram abortar após descobrirem anomalias cromossômicas no feto por um teste pré-natal recém introduzido.
O teste foi concebido para detectar a Síndrome de Down e outras duas anomalias cromossômicas através da análise de amostras de sangue.
O grupo divulgou o resultado da pesquisa nesta sexta-feira (22) durante um simpósio organizado por uma associação acadêmica.
Cerca de 3.500 mulheres grávidas fizeram o teste em um período de 6 meses a partir de abril, quando o mesmo se tornou disponível no Japão.
Deste número, 67 tiveram resultado positivo. Um teste com o líquido amniótico mostrou que 56 desses fetos tinham anormalidades cromossômicas. Cerca de 54 mulheres escolheram ter abortos, enquanto 2 outras abortaram e o restante não decidiu se continuaria com a gravidez ou interromperia.
A pesquisa indicou que outra mulher também teve um aborto, sem receber um diagnóstico definitivo do problema através do teste de líquido amniótico.
Algumas mulheres disseram não estarem confiantes em poderem criar um filho, enquanto outras citaram o enorme “fardo” sobre suas famílias e a preocupação com a família.
Abortos por doença fetal ou deficiência são proibidos pela lei japonesa, mas médicos dizem que os abortos são realizados por motivos de dificuldades econômicas e feitos negativos sobre a saúde da mãe.
As informações são da rede NHK.
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