A porcentagem de estudos escritos por pesquisadores japoneses vem reduzindo significativamente em relação ao total reconhecido por publicações do setor no mundo todo, é o que constatou a renomada revista científica Nature, do Reino Unido, de acordo com uma recente matéria da emissora pública ‘NHK’.
A última edição on-line da revista, atualizada na última quinta-feira (23), traz um artigo relacionando pesquisas de autoria de cientistas japoneses nos últimos anos.
Segundo a visão apresentada pela revista britânica, “a pesquisa científica no Japão está perdendo o fôlego”, sugerindo ainda que “a comunidade de pesquisadores do país seria uma elite com sua primazia ameaçada”, destaca a ‘NHK’.
Há uma grande preocupação em relação ao problema exposto pela Nature, já que as pesquisas japonesas muito têm contribuído para estudos em vários setores ao longo das últimas décadas no planeta.
Entre as principais contribuições do Japão no setor de genética está a pesquisa sobre células-tronco pluripotentes induzidas (iPSCs ou apenas iPS), um estudo que deu ao cientista japonês Shinya Yamanaka o Prêmio Nobel de Medicina, em 2012.
A células iPSC são desenvolvidas ao estimular células maduras, já especializadas – como as da pele – a voltarem ao estado neutro, juvenil, a partir do qual podem dar origem a qualquer outro tipo de célula humana.
Antes do surgimento da técnica iPSC, as células-tronco pluripotentes eram coletadas de embriões humanos, que acabam sendo destruídos no processo – uma prática controversa.
Há uma terceira categoria de células-tronco, que podem ser diretamente coletadas de seres humanos. Estas células-tronco “adultas” são encontradas dentro de certos órgãos, inclusive o coração, e existem para recompor células danificadas.
Segundo a ‘NHK’, Japão é pioneiro nessa técnica, que vem sendo desenvolvida e aprimorada de forma eficaz, contribuindo no auxílio a pacientes com doenças que, até então, eram consideradas “incuráveis”.
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