Japão registra 1ª transmissão de animal para ser humano do vírus FSST

Mulher morreu após ser mordida por gato infectado pelo vírus que até então era transmitido apenas por carrapatos.
Gato de rua Foto Creative Commons 25 07 2017 min
Foto: Arquivo/Creative Commons

O Ministério da Saúde do Japão anunciou nesta terça-feira (25) sobre um possível primeiro caso mundial de transmissão de um mamífero para um ser humano do perigoso vírus FSST, inicialmente transportado por carrapatos, depois da morte de uma mulher mordida por um gato de rua no ano passado.

Com aproximadamente 50 anos de idade, a mulher morreu dez dias depois de ter levado o animal doente ao veterinário.

Desde então, as autoridades sanitárias descobriram que ela havia contraído a doença conhecida como Febre Severa com Síndrome de Trombocitopenia (FSST), apesar de não ter qualquer rastro de picada de carrapato no corpo.

De acordo com o Ministério de Saúde Japonês, o vírus em questão foi identificado pela primeira vez na China em 2010.  Os primeiros contágios se registaram no Japão em 2013 através de picadas de carrapatos, a única via de transmissão do vírus que os cientistas viam como possível antes da morte da mulher japonesa.

Desde então, essa infecção foi diagnosticada em uma média de 60 pacientes por ano no arquipélago japonês, com uma taxa de mortalidade de cerca de 20%, segundo o Ministério, que garante ainda não existe qualquer tratamento e até ao momento já se registaram um total de 266 infeções de FSST em seres humanos no Japão, das quais 57 morreram.

“Até agora, nenhum caso de contágio de um mamífero a um ser humano havia sido notificado”, indicou um porta-voz do Ministério.

“Apesar de não ser confirmado que o vírus provenha do gato, é possível que seja o primeiro caso no mundo desse tipo”, acrescentou.

Não existe tratamento, nem vacina, contra a FSSF, uma síndrome que se manifesta por meio de febre elevada, vômitos e diarreia, sintomas acompanhados de uma falha múltipla dos órgãos e, em alguns casos, de problemas de comportamento.

“O melhor método para reduzir o risco de infecção é evitar as picadas de carrapatos”, afirma o Ministério, que pediu à população que intensifique a atenção, evitando acariciar animais de rua e, principalmente, higienizar animais domésticos, como cães e gatos, após passeios em ruas e parques.

Com informações da Agência AFP e Agência Lusa.

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