Pesquisadores exploram ilha vulcânica recém formada ao sul de Tóquio

Estudiosos estão pesquisando Nishinoshima para entender melhor como se formam as ilhas vulcânicas.
Ilha vulcanica Nishinoshima Fotos Distribuicao Montagem MN
Ilha vulcânica Nishinoshima (Foto: Distribuição/Montagem MN)

Cientistas japoneses  estão explorando a ilha recém-formada a cerca de mil quilômetros ao sul de Tóquio, que surgiu a partir de uma erupção vulcânica em novembro de 2013. Segundo a agência Kyodo, a equipe de especialistas acredita que a ilha poderá esclarecer melhor como se formam as ilhas vulcânicas.

A pequena ilha era apenas um afloramento de pedras no meio do Oceano Pacífico, mas uma sequência de espetaculares erupções, que decorreram por meses, cuspiram lava e cinzas e ampliou em 12 vezes o seu tamanho.

Até a erupção de 2013, o amontoado de pedras tinha 650 metros de comprimento por 200 metros de largura, mas a lava e as cinzas engoliram as formações, deixando uma ilha vulcânica com 2,7 quilômetros quadrados. Um território maior que o do principado de Mônaco, na Europa, segundo a agência de notícias ‘Reuters’.

Na verdade, a série de erupções acabou por fazê-la fundir-se à desabitada ilhota de Nishinoshima, localizada no pequeno arquipélago de Ogasawara.

Agora, quase três anos após o início das erupções, Nishinoshima tornou-se uma ilha cercada de vegetação, com uma cratera em seu centro.

Ilha vulcânica Nishinoshima (Foto: Kyodo)
Ilha vulcânica Nishinoshima (Foto: Kyodo)

Para chegar ao local, os pesquisadores do Ministério do Meio Ambiente do Japão nadaram a distância final do barco à ilha, para evitar a contaminação do local. Eles foram as primeiras pessoas a pisar na área, no último dia 20 de outubro.

A equipe coletou pedras, plantas e amostras de insetos e observou a primeira colônia de aves local, formada por grandes atobás típicos daquela região do Pacífico.

Além de pesquisa ambiental, a equipe de cientistas pretende reunir amostras de lava e cinzas para aprender mais sobre o processo de formação desse tipo de ilha. Eles também instalaram diversos monitores sísmicos pela área.

Estudar vulcões é uma das prioridades da ciência no Japão, país que abriga mais de 100 vulcões ativos. Isso porque o arquipélago japonês é situado em meio ao chamado Círculo de Fogo do Pacífico (ou Anel de Fogo), uma área formada no fundo do oceano por uma grande série de arcos vulcânicos e fossas oceânicas, coincidindo com as extremidades de uma das maiores placas tectônicas do planeta.

A região, de cerca de 40 mil km de extensão, tem formato de ferradura e circunda a bacia do Pacífico, abrangendo toda a costa do continente americano, além do Japão, Filipinas, Indonésia, Nova Zelândia e ilhas do Pacífico Sul. Esta é a área de maior atividade sísmica do mundo.

Fontes: Agência Kyodo | Agência Reuters.


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