Pela primeira vez, Japão aprova venda de pílula abortiva

A pílula Mefeego Pack pode interromper uma gravidez de até 9 semanas de gestação. A ideia do governo japonês é dar uma alternativa ao procedimento cirúrgico no início da gravidez.
Mulher tomando remédio | ©Depositphotos
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O Ministério da Saúde do Japão aprovou na sexta-feira a venda de uma pílula abortiva no país. Segundo a agência Kyodo, a decisão inédita proporciona às mulheres uma alternativa ao procedimento cirúrgico no início da gravidez.

A pílula Mefeego Pack, desenvolvida pela farmacêutica britânica Linepharma International, pode interromper uma gravidez de até 9 semanas de gestação, sendo considerada mais segura do que os abortos cirúrgicos até então utilizados.

Mefeego é uma combinação de dois medicamentos de mifepristona, que bloqueia um dos hormônios da gravidez, e misoprostol, tomado 36 a 48 horas depois para estimular as contrações uterinas.

Até agora, apenas a cirurgia foi aprovada para abortos prematuros no país, mas o método de remoção de tecidos com instrumentos médicos foi criticado por causar risco de prejudicar o útero.

Como os possíveis efeitos colaterais do Mefeego incluem dor abdominal e sangramento, as mulheres que tomam a pílula devem permanecer no hospital até que o aborto seja confirmado pelos médicos.

Para garantir o gerenciamento completo do medicamento, as empresas farmacêuticas e as instituições médicas também são solicitadas a fornecer relatórios mensais às associações médicas locais sobre o número de comprimidos vendidos e usados.

A Organização Mundial da Saúde OMS) inclui o medicamento na lista de remédios essenciais para o aborto, promovendo ainda a pílula abortiva como uma alternativa segura.

As pílulas abortivas orais são usadas em todo o mundo há décadas, mas o primeiro país europeu a adotá-las oficialmente é a França, que aprovou seu uso há mais de 30 anos.

O Mefeego Pack está disponível em 80 países, de acordo com a Linepharma International.

O Ministério da Saúdedo Japão aprovou o uso da primeira pílula abortiva no país sob a lei de saúde materna, cujo objetivo é proteger a vida e a saúde de grávidas relacionadas a abortos induzidos e esterilizações.

A fabricação e comercialização do Mefeego foram aprovadas por um painel de especialistas formado pelo Ministério da Saúde. De acordo com a pasta, o país registrou 126.174 abortos no ano fiscal de 2021, que terminou em 31 de março de 2022.

== Maria Rosa (MN)
Foto: Depositphotos

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