Do Mundo-Nipo com Agências
A partir de novembro, as tarifas de gás natural e de energia elétrica ficarão mais caras no Japão, onde nove das dez companhias que fornecem energia no país vão elevar as tarifas, enquanto as quatro companhias que distribuem gás natural em todo o arquipélago já anunciaram os reajustes para o penúltimo mês do ano, segundo informou a imprensa local nesta quinta-feira (1).
A elevação das tarifas é em razão do aumento nos custos com importação de gás natural (LNG). Já as companhias de energia elétrica explicaram que foram revistos os valores das tarifas em relação à variação nos preços dos combustíveis importados nos últimos meses.
“Os valores revistos serão repassados aos consumidores a partir de novembro”, explicaram.
O maior reajuste fica por conta da Companhia de Energia Elétrica Chubu, que abastece a região central do Japão. O repasse ficará em cerca de 42 ienes, equivalente a R$ 1,41.
O segundo maior reajuste é da Companhia de Energia Elétrica de Tóquio (Tepco, na sigla em inglês), que abastece o leste do país. A operadora anunciou um aumento de 37 ienes, equivalente a R$ 1,24.
Demais aumentos de energia elétrica: Kansai (centro-oeste) 27 ienes, Tohoku (nordeste) 25 ienes, Kyushu (sul) 15 ienes, Okinawa (ilha no extremo sul) 10 ienes, Chugoku (oeste) 7 ienes, em Shikoku (sudeste) 6 ienes e em Hokkaido (norte) 5 ienes. A única região que não sofra aumento será a Hokuriku (noroeste de Chubu).
Aumentos das tarifas de gás: Companhia de Osaka (35 ienes), Companhia de Tóquio (34 ienes), Companhia Toho Gas (30 ienes), Companhia Saibu Gas (24 ienes).
Japão passou a ficar dependente desses produtos (petróleo e seus derivados) após o desligamento de todas as centrais nucleares do país em razão do acidente nuclear em Fukushima, em março de 2011.
Entretanto, o país voltou a contar com a energia nuclear após a reativação da usina atômica de Sendai. Localizada na província de Kagoshima, sudoeste do Japão, a usina de Sendai foi reativada no dia 11 de agosto. Em 14 de agosto começou a gerar eletricidade, com sua capacidade de geração de energia alcançando 100% em 31 de agosto. No dia 10 de setembro, o complexo retomou suas operações comerciais.
Mediante a isso, Sendai se transformou na primeira usina a operar no Japão após um blecaute nuclear de mais de dois anos. Além disso, é a primeira que funciona com os novos padrões de segurança rigorosos aprovados após o desastre nuclear de Fukushima em 2011.
A reativação de Sendai foi possível graças ao impulso do governo japonês, que defende a necessidade de retomar a energia nuclear para estimular o crescimento.
Entretanto, a maioria dos japoneses rejeita a medida por medo de que se repita uma tragédia como a de Fukushima, considerado o pior desastre nuclear desde Chernobyl, na Ucrânia, em 1986.
Fontes: NHK News | Jornal Yomiuri.
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