Do Mundo-Nipo com Agências
O preço médio da gasolina comum no mercado japonês continua com o seu ritmo de fortes quedas, recuando esta semana para 134,30 ienes (cerca de R$ 1,14) o litro contra 136,20 ienes registrados na semana anterior, marcando a 28ª semana consecutiva de recuos, de acordo com a pesquisa semanal da Agência Japonesa de Recursos Naturais e Energia (ANRE), uma filial do Ministério da Economia, Comércio e Indústria.
Divulgada nesta quarta-feira (4), a pesquisa mostra que o preço da gasolina no varejo é o mais baixo em mais de 4 anos, desde a semana de 20 de dezembro de 2010, quando o preço estava em 133,70 ienes. Além disso, o preço continua em sua maior sequência de queda semanal desde 1990, quando o governo japonês passou a compilar tais dados.
Na comparação anual, o preço médio esta semana caiu 15,3% ante o mesmo período do ano anterior, marcando a oitava queda anual seguida e ocorre após ter recuado 14,2% na semana anterior em relação há um ano antes, de acordo com os dados da ANRE.
A pesquisa mostra ainda que os preços seguiram caindo em quase todas as províncias japonesas. A maiores quedas na semana foram registradas em Kagawa (3,90 ienes), Akita (3,70 ienes), Aomori (3,30 ienes) e Saga (2,90 ienes).
No geral, o preço atual da gasolina está bem abaixo da média nacional de 159 ienes registrado pouco antes do aumento do imposto sobre o consumo em abril do ano passado, quando o preço médio subiu acentuadamente, para 164,1 ienes na primeira semana após o aumento.
O pico de 169,9 ienes, registrado no dia 14 de julho, ou seja, há 28 semanas, foi o mais alto em mais de seis anos, desde o dia 29 de setembro de 2008, quando o preço médio chegou a 170,2 ienes. O valor, porém, é bem abaixo do recorde de 185,1 ienes alcançados em 4 de agosto de 2008.
A pesquisa semanal da ANRE inclui ainda os preços médios de praticamente todos os combustíveis utilizados no Japão. Entre eles está o óleo diesel, que caiu para 115,20 ienes o litro, queda de 1,90 ienes ante a semana passada. Já o preço da gasolina especial também registrou baixa de 1,90 ienes ante a semana anterior, passando a custar em média 145,20 ienes o litro.
A ANRE reiterou sua posição de que a queda nos preços dos combustíveis no país continua sendo um reflexo da baixa cotação do petróleo, que seguiu despencando desde o meio no ano passado até o início deste ano, com o preço do barril chegando a ser cotado menos da metade do pico atingindo em junho de 2014, quando chegou a valer US$ 115.
A agência também avalia que o declínio nos preços deve continuar no mercado japonês ao menos por esse mês, mesmo com os preços do petróleo indicando ter encontrado um piso e ter registrado ontem (3) alta pelo quarto dia consecutivo, em meio a empresas de energia cortando investimentos em produção para poder aliviar o excesso de oferta.
Elevação de preços do combustível no Brasil
Enquanto isso, no Brasil, a gasolina, o diesel e o etanol estão mais caros em postos de gasolina na capital Brasília. O aumento do governo, taxado em R$ 0,22 por litro no preço da gasolina e R$ 0,15 por litro no preço do diesel, começou a valer no domingo (1º) e já chegou ao bolso do consumidor brasileiro.
O reajuste é resultado de medidas de elevação de impostos, anunciadas em janeiro pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Segundo ele, o objetivo é obter este ano R$ 20,6 bilhões em receitas extras. A maior arrecadação virá da elevação do Programa de Integração Social e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social sobre os combustíveis.
Na semana passada, segundo pesquisa da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a média do preço do litro de gasolina em Brasília era R$ 3,17. A maioria dos postos reajustou o litro para R$ 3,45 – um aumento de R$ 0,28. No único posto visitado que manteve o preço antigo (R$ 3,16) havia fila para abastecer.
Em São Paulo, segundo a ANP, a média do preço do litro de gasolina era R$ 2,89. Com o aumento, está variando entre R$ 3,09 e R$ 3,19, podendo passar desse valor. No Rio de Janeiro, o litro da gasolina custava, em média, R$ 3,18. O reajuste elevou os preços para valores a partir de R$ 3,40, chegando, em alguns casos, até a R$ 3,99.
(Com informações da Agência Brasil e da Agência Kyodo)
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