Do Mundo-Nipo com Agências
O Banco do Japão (BoJ, banco central japonês) deixou inalterada sua política monetária nesta sexta-feira (7) e manteve sua avaliação otimista sobre a economia, afirmando que a economia do país “segue recuperando-se moderadamente”, sinalizando que não será preciso estímulos monetários adicionais para cumprir a meta de inflação de 2% até meados de 2016.
Ao término de sua reunião mensal de dois dias, a junta de política monetária do banco central japonês aprovou, por oito votos a um, continuar ampliando a base monetária em 80 trilhões de ienes (US$ 641 bilhões) ao ano por meio de compras de títulos do governo e ativos de risco.
Em comunicado, o BoJ disse que a inflação no país se encontra atualmente “em torno de 0%”. No entanto, ressaltou que “no longo prazo” a tendência inflacionária se mantém em alta.
O relatório mensal também voltou a indicar que a economia do Japão “segue recuperando-se moderadamente”.
A entidade indicou que as exportações e a produção industrial “seguem recuperando-se, apesar de algumas oscilações”, e que o investimento de capital corporativo continua mostrando uma “tendência de aumento moderado”.
Em relação ao consumo privado, principal componente do PIB japonês, o Boj diz que “se mostrou resistente” e que o investimento imobiliário “está se recuperando”.
Por outro lado, o investimento público entrou em uma tendência de retrocesso moderado, embora ainda se mantenha em um nível muito alto, acrescentou.
O aumento do investimento público é um dos três pilares do chamado “Abenomics”, o programa de reforma econômica do primeiro-ministro Shinzo Abe, que também se sustenta na agressiva política monetária do Boj e em um pacote de reformas estruturais.
A entidade ativou em abril de 2013 este agressivo plano expansivo para conseguir uma inflação estável de cerca de 2% para 2015. No entanto, a pressão anti-inflacionária gerada pela recente queda do preço do petróleo obrigou o Boj a atrasar a consecução de sua meta até 2016, com previsão “otimista” de que essa taxa seja atingiada em meados do ano.
(Com informações das Agências EFE e Kyodo)
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