O Japão registrou um déficit em conta corrente de 507,5 bilhões de ienes (US$ 5 bilhões) no primeiro semestre de 2014, o maior já registrado para qualquer período de seis meses, mostraram dados do governo nesta sexta-feira (8), ressaltando a “redução na capacidade do país em ganhar dinheiro no exterior”.
É a primeira vez desde que dados comparáveis se tornaram disponíveis, em 1985, que o saldo em conta corrente do Japão – um dos maiores indicadores de comércio internacional para uma nação – fica negativo no primeiro semestre do ano, destacou o Ministério das Finanças em seu relatório preliminar.
Entre os principais componentes do saldo em conta corrente é a balança comercial, que registrou um déficit recorde de 6,112 trilhões de ienes (US$ 60 bilhões), o maior valor para um semestre desde 1996.
Nos primeiros seis meses do ano, as importações saltaram 14,7% ante ao mesmo período do ano anterior, para 41,875 trilhões de ienes, em um cenário de aumento das importações de gás natural liquefeito e petróleo, enquanto as exportações subiram 8,1%, para 35,762 trilhões de ienes, sustentados pela desvalorização da moeda japonesa.
O resultado da conta primária, que mede o quanto o país ganha a partir de investimentos no exterior, teve superávit de 8,322 trilhões de ienes (US$ 81 bilhões) – queda de 4,2% em relação ao mesmo período em 2013. Já os rendimentos da conta secundária, ficou no vermelho em 1,14 trilhões de ienes (US$ 11 bilhões).
O setor de serviços, incluindo transporte de passageiros e de cargas, registrou déficit de 1,578 trilhões de ienes (US$ 15 bilhões).
Na comparação mensal, o Japão registrou o seu primeiro déficit em conta corrente em cinco meses, situando-se em 399,1 bilhões de ienes (US$ 3,91 bilhões) em junho.
*Para ver as tabelas com os dados completos, consulte o site do Ministério das Finanças do Japão.
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