Japão tem superávit em conta corrente de 287,1 bilhões de ienes em agosto

O superávit teve um crescimento de 82,7%, uma recorde para o mês de agosto.
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O Japão registrou um superávit em conta corrente de 287,1 bilhões de ienes (equivalente a US$ 2,7 bilhões) em agosto antes do ajuste sazonal, mostraram dados do governo nesta quarta-feira (8), ressaltando que entradas robustas de recursos do exterior compensaram um considerável déficit comercial, comportamento regular nos últimos dois anos.

O superávit em conta corrente, medida mais ampla do comércio japonês com o resto do mundo, teve um crescimento de 82,7% em relação ao mesmo mês do ano anterior, informou o Ministério das Finanças em seu relatório preliminar.

O resultado também ficou acima do esperado por economistas consultados pela Dow Jones, que estimavam superávit de 189,5 bilhões de ienes (US$ 1,7 bilhão).

A conta corrente mede o comércio de bens, serviços, turismo e investimentos. Ela é calculada tomando-se a diferença entre a renda que vem para o Japão a partir de fontes estrangeiras contra pagamentos de obrigações estrangeiras, excluindo-se investimentos de capital líquido.

A entrada de recursos no país foi superavitária e ficou 21% acima de agosto do ano passado, em 1,5 trilhão de ienes (US$ 13,8 bilhões), maior valor para meses de agosto desde o início da medição no atual formato, em 1985.

A desvalorização de 1% do iene frente ao dólar em agosto ajudou a inflar os recursos quando convertidos para a moeda japonesa, mas o principal destaque foram as altas nos lucros das montadoras, bancos e fabricantes de eletrônicos instalados no exterior, especialmente nos Estados Unidos, segundo os dados do ministério.

Pelo lado dos gastos, a principal influência veio do déficit comercial (exportações versus importações) registrado em agosto, de 831,8 bilhões de ienes (cerca de US$ 7,7 bilhões), alta 12% ante o mesmo mês do ano passado, um recorde para o mês agosto.

As exportações cresceram 1% na comparação anual, enquanto as importações aumentaram cerca de 2,3% no mesmo período.

Desde o tsunami seguido de terremoto em março de 2011, o Japão vem sendo obrigado a fazer fortes importações de combustíveis fósseis para compensar a parada nas usinas nucleares do país, o que vem desequilibrando a balança comercial.

*Para ver as tabelas com os dados completos, consulte o site do Ministério das Finanças do Japão.

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