Do Mundo-Nipo
O gap da produção doméstica japonesa recuou para o território negativo, com excesso de oferta e baixa demanda, no intervalo entre abril e junho, influenciada pelo impacto do aumento do imposto sobre vendas em abril, informou o Banco do Japão (BoJ) em seu relatório mensal de outubro, divulgado nesta quarta-feira (8).
O BC japonês estima uma diferença entre o valor real e o valor previsto, ou seja, um gap na produção doméstica de -0,1% no segundo trimestre, piorando em relação ao aumento revisado de 0,4%, de uma leitura preliminar de 0,6%, no primeiro trimestre do ano, e -0,2% no último trimestre do ano anterior.
A economia do Japão registrou a primeira contração em dois trimestre entre abril e junho, com o produto interno bruto (PIB) real recuando 1,8% no período, com queda anualizada de 7,1%.
A piora no gap de produção doméstica tende a diminuir o ritmo de aumentos de preços ao consumidor, mas o BoJ espera que essa diferença melhore no intervalo entre julho e setembro, quando se espera que a economia compense a queda e cresça numa taxa de cerca de 0,5%.
Na terça-feira (8), após encerrar a reunião mensal de política monetária, que durou dois dias, o conselho do BoJ revisou para baixo a avaliação da produção industrial depois de cair inesperadamente para 1,5% em agosto, um resultado diretamente ligado ao impacto que o aumento do imposto sobre vendas teve sobre a demanda doméstica.
No relatório desta quarta-feira, o BoJ estima que a produção industrial caia no terceiro trimestre. A esimativa representa uma perspectiva mais negativa na comparação com setembro, quando o BoJ disse que a produção industrial de modo geral, iria se manter estável no período.
O governo estimou que a produção das fábricas vai compensar 6,0% em setembro na comparação mensal. Se confirmada, a produção deve cair 0,7% no terceiro trimestre, após uma queda acentuada de 3,8% no segundo trimestre.
“A produção industrial deve retomar seu crescimento moderado, apesar de mostrar certa fraqueza por enquanto”, disse a autoridade monetária em relatório. Para o quarto trimestre, o BoJ afirmou que, embora as incertezas sobre a produção industrial continuem altas, o crescimento deve ser retomado.
O BoJ também revisou o seu panorama para os preços ao produtor, seguindo o recente enfraquecimento dos preços do petróleo. “Os preços ao produtor devem permanecer mais estáveis por enquanto”, disse. A autoridade monetária no entanto, manteve a projeção de inflação para o curto prazo, estimando um aumento no núcleo do CPI de 1,25% na comparação anual. O BoJ ponderou, entretanto, que as recentes quedas no preço do petróleo vão aumentar temporariamente a pressão negativa nos preços, indicando que a inflação pode cair abaixo de 1% nos próximos meses.
*Para ler a matéria na íntegra, acesse o Market News International (MNI).
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