Do Mundo-Nipo
Os consumidores japoneses e trabalhadores com empregos sensíveis às tendências econômicas recuperaram a confiança em maio, encerrando uma série de cinco meses consecutivos de piora, mostrou nesta segunda-feira (9) a pesquisa do Escritório do Gabinete, em um sinal de otimismo após o impacto negativo da primeira alta do imposto sobre o consumo em 17 anos.
O índice sazonalmente ajustado da confiança entre as famílias compostas por duas ou mais pessoas subiu 2,3 pontos em relação ao mês anterior, para 39,3 em maio, marcando o primeiro ganho em seis meses. Entretanto, leituras abaixo de 50 indicam que pessimistas superam os otimistas.
O governo elevou sua avaliação básica do índice pela primeira vez em oito meses, dizendo que o sentimento do consumidor “tem mostrado sinais de recuperação”.
Na pesquisa, os consumidores são questionados sobre as perspectivas para os próximos seis meses. Em abril, quando a taxa de imposto sobre vendas foi elevada em 3 pontos percentuais, para 8 por cento, o índice piorou para 37,0, o menor nível desde agosto de 2011, mas todos os quatro componentes do índice melhoraram em maio.
A pesquisa mostrou que a vontade dos consumidores para a compra de novos bens de consumo duráveis subiu 4,8 pontos, para 36,6. A avaliação da situação de vida subiu 2,7 pontos, para 36,8. Os sentimentos melhores ficaram por conta das condições no mercado de trabalho, que ganhou 1,3 pontos, para 46,4, e o de crescimento da renda, que aumentou 0,3 ponto, para 37,3. Segundo o gabinete, a pesquisa cobriu 8.400 famílias, destas 5.621 deram respostas válidas.
Outra pesquisa divulgada pelo Gabinete do Governo nesta segunda-feira mostrou que o índice do sentimento em relação a atual situação econômica do país entre os “observadores de economia”, como taxistas e empregados de restaurantes, subiu 3,5 pontos em relação ao mês anterior, para 45,1 em maio. É a primeira alta em dois meses.
O índice baseia-se em entrevistados que acreditam que as condições econômicas melhoraram ou pioraram nos últimos três meses. Uma leitura de 50 indica que os entrevistados acreditam que as condições econômicas em geral estão estáveis.
O índice de confiança das condições econômicas nos próximos meses, por sua vez, subiu pelo segundo mês consecutivo, para 53,8, alta de 3,5 pontos em maio.
“Há uma crescente esperança de que a desaceleração econômica após o aumento do imposto será de curta duração”, afirma o escritório do gabinete.
Entretanto, no geral, o governo deixou sua avaliação inalterada, dizendo que os observadores indicam que a economia está em “recuperação moderada”, mas “alguma fraqueza é vista devido a uma reação negativa após a grande demanda antes do aumento do imposto sobre o consumo”.
“A economia deverá de recuperar moderadamente”, acrescentou.
O Gabinete do Governo entrevistou 2.050 trabalhadores em todo o Japão entre os dias 25 a 31 de maio, dos quais 1.868, ou 91,1 por cento, responderam.
O índice de confiança do consumidor reflete as perspectivas dos consumidores sobre a situação de vida, crescimento da renda, as condições do mercado de trabalho e as perspectivas de compra de bens duráveis. O índice atua como referência para dados sobre gastos dos consumidores.
Leituras abaixo de 50 sugerem pessimismo do consumidor, enquanto uma pontuação acima de 50 indica que os consumidores estão esperando melhores condições. O índice não atinge 50 ou mais desde fevereiro de 2006.
(Do Mundo-Nipo com Agência Kyodo)
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