Atualizado em 11/06/2015 – 10h01
Do Mundo-Nipo com Agência Kyodo
Os preços no atacado do Japão recuaram 2,1% em maio ante o mesmo mês do ano anterior, marcando o segundo mês consecutivo de retração na comparação anual, informou nesta quarta-feira (9) o Banco do Japão (BoJ, o banco central japonês), em sinal de que a economia do país ainda tem um árduo cominho à percorrer para acabar com quase duas décadas de deflação.
O índice dos preços de bens corporativos situou-se 103,9 em maio contra a base de 100 estabelecida em 2010, de acordo com o relatório preliminar do banco central japonês.
Na mesma base de comparação, os preços de produtos derivados do petróleo e do carvão, que dependem das importações de energia, despencaram 21,1%. Já os preços dos produtos químicos e afins, que são normalmente sujeitos aos preços do petróleo, como os combustíveis, também sofreram retração, caindo 5,9% em abril na comparação com igual mês do ano anterior.
Os custos com exportações subiram 4,8%, enquanto os custos com importações, que haviam empurrado os preços dos bens domésticos e corporativos em meio ao iene enfraquecido, caíram 8,3% em maio na comparação anual em termos de ienes. Japão depende das importações para mais de 90% de suas necessidades energéticas.
Excluindo o impacto dos 3 pontos percentuais de aumento no imposto sobre o consumo em abril passado, de 5% para 8%, o índice caiu 2,0%, situando-se em 101,0 em maio. Trata-se da sétima queda mensal consecutiva na base anual.
Os resultados indicam que os preços não devem se transformar em uma tendência ascendente para os próximos meses, “uma perspectiva que poderia dificultar o banco central de alcançar sua meta de inflação de 2% em um futuro próximo”, disseram alguns analistas à Kyodo.
Quando os preços no atacado caem, os preços ao consumidor também tendem a retrair. Isso porque as empresas normalmente passam a vender seus bens e serviços a preços mais baixos em vista de melhorar o comércio.
Em abril, o núcleo do índice de preços ao consumidor do Japão, eliminando os preços voláteis dos alimentos frescos, subiu 0,3 % em relação ao ano anterior, marcando a 23ª alta mensal consecutiva em termos anualizados, de acordo com dados divulgados pelo governo no mês passado.
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