Do Mundo-Nipo com Agência Kyodo
As principais encomendas de máquinas do setor privado do Japão caíram menos que o esperado em janeiro, registrando recuo de 1,7% ante o mês anterior, mostraram dados do governo nesta quarta-feira (11), sugerindo que as empresas estiveram um pouco mais dispostas a aumentar os investimentos mesmo com a desvalorização do iene elevando os custos das importações.
O resultado contrariou a previsão mediana de economistas, que projetavam queda ainda mais ampla para o primeiro mês do ano, de 4%. Analistas veem o resultado como animador, indicando “que o pior já passou”, e que o investimento do setor privado está dando claros sinais de melhora. “O impacto negativo do aumento do imposto sobre o consumo em abril passado está começando a desaparecer”, disseram economistas à Agência Kyodo.
O indicador do núcleo das encomendas de máquinas, que excluem os pedidos das empresas de energia elétrica e do setor naval por causa da volatilidade, somou 838,9 bilhões de ienes (US$ 6,92 bilhões) em janeiro, registrando declínio pela primeira vez em três meses após um ajuste sazonal de 8,3% de ganho no mês anterior, informou o Escritório do Gabinete Japonês em um relatório preliminar.
No período em análise, as encomendas do setor de manufatura caíram 11,3%, para 351,8 bilhões de ienes, na sequência de um aumento de 24,1% no mês anterior, enquanto que as encomendas de empresas não manufatureiras, como as relacionadas com construção e serviços, subiram 3,7%, para 494,5 bilhões de ienes.
O total de encomendas, incluindo as do setor público nacional e estrangeiro, cresceu 14,2%, para 2,508 trilhões de ienes. Já a demanda internacional de maquinaria japonesa, um indicador de exportações futuras, aumentou pela primeira vez em cinco meses, registrando um significativo avanço de 24,2%, para 990,6 bilhões de ienes.
Na comparação anual, o indicador do núcleo das encomendas de máquinas cresceu 1,9% em janeiro ante o mesmo mês de 2014. Mediante a isso, o governo deixou inalterada a avaliação do indicador em relação ao mês anterior, afirmando que “as encomendas estão mostrando sinais de uma captação gradual”.
As encomendas de máquinas representam cerca de 15% do Produto Interno Bruto (PIB) do Japão e são vistas pelo primeiro-ministro Shinzo Abe como um dos pilares do crescimento econômico necessário para acabar com quase duas décadas de deflação.
== Kyodo
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