Confiança do consumidor do Japão deteriora em setembro

O resultado negativo levou o governo a mudar sua avalição do índice, de “moderado” para “estagnado”

Do Mundo-Nipo com agência Kyodo

A confiança dos consumidores japoneses e trabalhadores com empregos sensíveis às tendências econômicas piorou em setembro. É a segunda queda consecutiva do indicador após uma sequência de três altas, que havia subido em maio pela primeira vez após uma série de cinco meses seguidos de piora, de acordo uma pesquisa divulgada na sexta-feira (10) pelo Escritório do Gabinete, indicando que o crescimento dos salários não conseguiram compensar os efeitos negativos da alta do imposto sobre o consumo em abril.

O índice sazonalmente ajustado da confiança entre as famílias compostas por duas ou mais pessoas recuou 1,3 ponto em setembro ante o mês anterior, para 39,9. Em agosto, o indicador situou-se em 41,2, caindo pela primeira vez após uma sequência positiva de três meses, o que levou o governo a reduzir sua avaliação dos dados.

O governo derrubou sua avaliação básica do índice para dizer que “o sentimento do consumidor está estagnado“. Em agosto, a avaliação era de que a confiança estava em um ritmo moderado”.

Os consumidores são questionados sobre as perspectivas para os próximos seis meses. Em abril, quando a taxa de imposto sobre vendas foi elevada em 3 pontos percentuais, para 8%, o índice piorou para 37, o menor nível desde agosto de 2011.

A pesquisa de setembro revelou que 87% dos inquiridos esperam que os preços subam daqui a um ano, com alta de 0,9 ponto no período de agosto, enquanto 4% dos entrevistados acreditavam que os preços cairiam, até 0,6 pontos em relação ao mês anterior.

Existem preocupações crescentes sobre a queda do iene. A desvalorização da moeda japonesa está minando a economia, especialmente entre as famílias e as pequenas e médias empresas, que têm sido atingidas pelo aumento dos preços de produtos importados.

O índice de confiança do consumidor reflete as perspectivas dos consumidores sobre a situação de vida, crescimento da renda, as condições do mercado de trabalho e as perspectivas de compra de bens duráveis. O índice atua como referência para dados sobre gastos dos consumidores.

Leituras abaixo de 50 sugerem pessimismo do consumidor, enquanto uma pontuação acima de 50 indica que os consumidores estão esperando melhores condições. O índice não atinge 50 ou mais desde fevereiro de 2006.

O primeiro-ministro Shinzo Abe deve decidir até o final do ano se deve seguir com seu plano de aumentar mais uma vez o imposto sobre vendas, dos atuais 8% para 10% em outubro 2015, uma tarefa complicada pela fraqueza do sentimento do consumidor desde a primeira elevação em abril, quando aumentou a alíquota do imposto sobre vendas de 5% para 8%.

A recente série de dados sombrios que inclui uma queda na produção, bem como uma lenta recuperação das exportações, sugere que não há chances de qualquer recuperação desses índices no terceiro trimestre.

== Kyodo

 


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