Do Mundo-Nipo com Agência Kyodo
A confiança dos consumidores japoneses e trabalhadores com empregos sensíveis às tendências econômicas recuou um ponto em outubro ante setembro. É a terceira queda consecutiva do indicador após uma sequência de três altas, que havia subido em maio pela primeira vez após uma série de cinco meses seguidos de piora, de acordo uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (11) pelo Escritório do Gabinete.
O índice da confiança entre as famílias compostas por duas ou mais pessoas recuou para 38,9 em outubro, de 39,9 em setembro. Em agosto, o indicador situou-se em 41,2, caindo pela primeira vez após uma sequência positiva de três meses, o que levou o governo a reduzir sua avaliação dos dados.
O governo manteve sua avaliação básica do índice no mês passado, considerando que “o sentimento do consumidor se manteve estagnado”. Em agosto, a avaliação era de que a confiança estava em um ritmo moderado”.
Os consumidores são questionados sobre as perspectivas para os próximos seis meses. Em abril, quando a taxa de imposto sobre vendas foi elevada em 3 pontos percentuais, para 8%, o índice piorou para 37, o menor nível desde agosto de 2011.
De acordo com analistas consultados pela Agência Kyodo, no mês passado, existem preocupações crescentes sobre a queda do iene. A desvalorização da moeda japonesa está minando a economia, especialmente entre as famílias e as pequenas e médias empresas, que têm sido atingidas pelo aumento dos preços de produtos importados, indicando ainda que o crescimento dos salários não conseguiram compensar os efeitos negativos da alta do imposto sobre vendas em abril.
O índice de confiança do consumidor reflete as perspectivas dos consumidores sobre a situação de vida, crescimento da renda, as condições do mercado de trabalho e as perspectivas de compra de bens duráveis. O índice atua como referência para dados sobre gastos dos consumidores.
Leituras abaixo de 50 sugerem pessimismo do consumidor, enquanto uma pontuação acima de 50 indica que os consumidores estão esperando melhores condições. O índice não atinge 50 ou mais desde fevereiro de 2006.
O país agora segue na expectativa sobre a decisão do primeiro-ministro japonês Shinzo Abe em “adiar ou não” o aumento planejado do imposto sobre consumo, dos atuais 8% para 10%, em outubro de 2015, uma tarefa complicada pela fraqueza do sentimento do consumidor desde a primeira elevação em abril, quando aumentou a alíquota de 5% para 8%.
Economistas dizem que um adiamento do aumento pode ser visto como tendo um impacto positivo sobre a economia japonesa.
== Kyodo
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