Do Mundo-Nipo
A economia do Japão cresceu 1,5% no primeiro trimestre deste ano na comparação com o mesmo período do anterior, marcando a maior expansão trimestral desde julho-setembro de 2011, mostraram dados do governo na quinta-feira (horário local), em sinal que os gastos do consumidor aceleraram antes do aumento dos impostos sobre vendas em 1º de abril.
Os resultados vieram melhores do que os esperados por economistas, que estimavam um crescimento de 1%. No último trimestre do ano passado, a expansão da economia foi revisada para 0,1%, de acordo com dados do governo.
Os dados do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre se traduzem em um aumento anualizado de 5,9%, acima da previsão de economistas, de uma alta anualizada de 4,2%.
De janeiro a março, as exportações, que representam cerca de 15% do PIB, mostraram uma forte recuperação ao aumentarem 6% em relação ao trimestre anterior e 26,3% na comparação com o mesmo período de 2013.
O consumo privado, que representa cerca de 60% da economia, cresceu 2,1 por cento no trimestre, o crescimento mais rápido desde janeiro-março de 1997, em linha com a expectativa dos economistas, que projetaram uma alta de 2,1 por cento.
Os gastos de capital também cresceram muito mais rapidamente do que o esperado, registrando um aumento de 4,9%, muito superior à projeção de alta de 2,1% e o maior ganho desde outubro-dezembro de 2011.
Estes dados macroeconômicos marcam o sexto trimestre consecutivo de expansão para a terceira economia mundial e constituem um respaldo para o governo do primeiro-ministro Shinzo Abe, embarcado em um ambicioso programa de reforma econômica batizado popularmente como “Abenomics”.
Com a ajuda de uma política monetária ultraflexível ativada pelo Banco do Japão (Boj) em abril de 2013, Abe procura pôr fim a mais de duas décadas de estagnação e a 15 anos de queda de preços, com o objetivo de alcançar uma inflação de cerca de 2% para 2015.
No entanto, os dados do primeiro trimestre refletem por sua vez a aceleração consumista que precedeu à alta do imposto sobre o consumo, que passou de 5% para 8% em 1º de abril, segundo reconheceu hoje em declarações à Agência “Kyodo” o ministro de Revitalização Econômica, Akira Amari.
O forte impacto que este tipo de altas impositivas tem no Japão faz prever que a economia do país sofra uma freada forte no período entre abril e junho.
(Do Mundo-Nipo com Agências)
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