A fraqueza da produção industrial levou o governo do Japão a deteriorar sua avaliação sobre a economia, um grande sinal de que a recuperação está estagnando devido ao enfraquecimento da demanda internacional. Segundo a emissora pública “NHK”, preocupações com a desaceleração da economia chinesa também estão pesando sobre a visão do governo japonês em relação a sua própria economia.
“A economia continua em uma recuperação moderada, mas há fraqueza em algumas áreas”, afirmou nesta quarta-feira o Escritório do Gabinete em seu relatório econômico mensal. Já a avaliação para a produção industrial é descrita pelo governo como “em um tom recentemente fraco”, diante da contração da atividade manufatureira e da alta dos estoques
Em setembro, a avaliação era que a produção industrial se mantinha estável e que a economia estava se recuperando.
“A recuperação do consumo e dos investimentos foi adiada. Movimentos [mais fracos] similares também estão sendo observados na produção”, afirmou uma autoridade do governo durante coletiva de imprensa.
A perspectiva negativa é devido a uma queda na produção de automóveis e peças de eletrônicos em meio à desaceleração econômica na China, maior parceiro comercial do Japão, conforme noticiou a “NHK”.
Segundo a agência de notícias Reuters, a última vez que o Escritório do Gabinete piorou sua avaliação foi em outubro do ano passado.
Ainda de acordo com a Reuters, a fraca avaliação geral aumenta as apostas para a reunião de política monetária do Banco do Japão (BoJ, o banco central japonês) no final do mês e coloca as políticas econômicas do primeiro-ministro, Shinzo Abe, sob ainda mais vigilância.
Uma queda inesperada na produção industrial em agosto levou alguns economistas a sugerirem que a terceira maior economia mundial poderia contrair entre julho e setembro, o que a colocaria em recessão técnica após a contração do trimestre anterior.
O governo ressaltou ainda que, apesar da melhora das condições do mercado de trabalho, parte da população provavelmente ainda não está convencida de que os salários subirão mais e os aumentos de preços de produtos de necessidade diária devem estar levando trabalhadores de baixa renda, em especial os idosos, a limitar os gastos.
Fontes: Agência Reuters | NHK News | MNI News.
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