Os principais pedidos de maquinário do setor privado do Japão aumentaram 1,5% em novembro em relação ao mês anterior, marcando o segundo mês consecutivo de aumento, mostraram dados do governo na quinta-feira, sinalizando que a perspectiva permanece incerta em meio às consequências econômicas em meio ao aumento desenfreado de casos de Covid-19 no país, informou na quarta-feira (14) o jornal financeiro Nikkei Asia.
Após uma expansão de 17,1% em outubro, os pedidos, que excluem os de navios e concessionárias de eletricidade devido à sua volatilidade, totalizaram 854,83 bilhões de ienes (US$ 8,2 bilhões), de acordo com os dados divulgados pelo Escritório do Gabinete japonês.
O escritório atualizou sua avaliação pelo segundo mês consecutivo, dizendo que os pedidos de máquinas estão dando “sinais de recuperação”, a expressão mais otimista desde agosto de 2019, quando as mesmas palavras foram usadas. Em outubro, disse que os pedidos estavam “chegando ao fundo do poço”.
Os pedidos de máquinas de empresas não fabricantes cresceram 5,6%, para 510,87 bilhões de ienes, marcando o terceiro crescimento mensal consecutivo, mas reduzindo o ritmo de aumento em relação aos 13,8% do mês anterior. Setores como telecomunicações e empresas de construção contribuíram amplamente para o aumento.
“Quanto ao investimento em telecomunicações, acreditamos que o crescimento foi sustentado pela demanda por despesas de capital em redes 5G, bem como equipamentos para trabalhos em casa (home office em meio à pandemia)”, disse um funcionário do governo a repórteres.
Enquanto isso, os pedidos dos fabricantes caíram 2,4%, para 345,22 bilhões de ienes, a primeira queda em três meses, após um aumento de 11,4% em outubro. Algumas indústrias, incluindo fabricantes de metais não ferrosos, viram quedas após seus ganhos recentes.
No Japão, uma terceira onda de infecções por coronavírus levou a um aumento da incerteza sobre a economia. Na quarta-feira, o governo expandiu seu segundo estado de emergência para uma série de outras áreas, depois de declará-lo na região de Tóquio na semana passada.
“A situação (no mês do relatório) era boa, mas precisamos monitorar de perto os riscos de baixa, que podem se materializar dependendo da disseminação do vírus”, disse o funcionário.
A economia japonesa sofreu a sua pior contração no trimestre abril-junho, após o primeiro estado de emergência em razão da pandemia, ocorrido entre abril e maio, prejudicar significativamente o consumo privado e o investimento empresarial.
O total de pedidos de maquinário em novembro caiu 1,5%, para 2,27 trilhões de ienes, após um aumento de 9,7% em outubro.
Os pedidos do exterior, vistos como um indicador das exportações futuras, aumentaram 5,9%, para 978,54 bilhões de ienes, segundo mês consecutivo de alta.
Já as encomendas do setor público subiram 0,4%, para 249,29 bilhões de ienes, após uma queda de 22,7% no mês anterior.
As encomendas de máquinas, ou pedidos de máquinas, são vistos como um indicador importante de gastos de capital fixos das empresas japonesas.
== Mundo-Nipo (MN)
Fonte: Nikkei Asia.
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