Do Mundo-Nipo com Agência Kyodo
A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) anunciou nesta segunda-feira (15) que reduziu sua perspectiva econômica para grandes economias mundiais em 2014, sobretudo o Grupo dos Sete países mais industrializados do mundo (G7), que inclui o Japão, e considerou que os países da zona do euro apresentam o “aspecto mais preocupante”, com um crescimento fraco.
Em seu relatório de avaliação econômica, a organização com sede em Paris também disse que o “aspecto mais preocupante” das projeções é o crescimento lento na Eurozona, onde o estado anêmico da demanda se reflete na diminuição da inflação, o que a distância de outras grandes economias.
A organização rebaixou em 0,4 ponto sua previsão de crescimento para a Eurozona em 2014, a 0,8% do PIB, e em 0,6% seu prognóstico para 2015, a 1,1%.
Também rebaixou a previsão de crescimento para os Estados Unidos em relação às últimas projeções, feitas em maio. A maior economia mundial crescerá 2,1% em 2014, e não 2,6%, como esperava a OCDE em maio, e 3,1% em 2015, em vez de 3,5%.
Para a China, a segunda economia do planeta, a OCDE manteve suas previsões para este ano (7,4%) e para o próximo (7,3%). A Índia, por sua vez, terá um crescimento de 5,7% neste ano (0,8 ponto a mais que em maio) e de 5,9% em 2015, sem mudanças em relação à previsão anterior.
A correção mais pronunciada foi a do Brasil. A OCDE diminuiu em 1,5 ponto sua previsão de crescimento para este ano, que se situa em 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB). Para 2015, a correção foi de 0,8 ponto em baixa, a 1,4%.
Quanto ao Japão, que viu uma verdadeira contração anualizada de 7,1 por cento do PIB no trimestre de abril a junho, em consequência ao aumento do imposto sobre o consumo em 3 pontos percentuais em abril, a OCDE disse que a economia deverá crescer 0,9% este ano e 1,1% no próximo ano, rebaixado de suas previsões em maio de 1,2% e 1,3%, respectivamente.
Panorama geral da OCDE
Em comparação com a Eurozona, estancada atualmente, as outras grandes economias estão melhor, mas não deixam de acusar uma desaceleração, destaca a OCDE.
“Há uma divergência crescente (…) A recuperação nos Estados Unidos é sólida, o crescimento está em andamento no Japão e na China, e na Índia se reforça após o recente acesso de debilidade. No entanto, o crescimento na Eurozona parece condenado a continuar sendo fraco no curto prazo, e o Brasil sairá lentamente da recessão”, julga a OCDE.
Diante deste panorama tão díspar, a OCDE afirma que “a recuperação mundial precisa que se mantenha o apoio à demanda”.
A Eurozona precisará de “um apoio monetário mais vigoroso” para escapar do risco de deflação, afirma a organização com sede em Paris.
Para a França, a OCDE prevê um crescimento de 0,4% neste ano e de 1% no próximo. Em maio ainda esperava 0,9% para 2014 e 1,5% para 2015.
A Alemanha, a maior economia da Eurozona, também sofre uma correção, e terá um crescimento de 1,5% do PIB neste ano, 0,4 ponto menos que na previsão de maio.
Para 2015 a OCDE também espera 1,5%.
A revisão mais severa na Eurozona, formada por 18 países, é para a Itália. A OCDE anuncia uma recessão neste ano (-0,4%) e um crescimento de 0,1% em 2015.
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