Do Mundo-Nipo com Agência Kyodo
O déficit comercial do Japão encolheu 47,3% em fevereiro na comparação com o mesmo mês do ano anterior, para 424,6 bilhões de ienes (3,5 bilhões dólares), refletindo uma recuperação nas exportações, enquanto a queda nos preços do petróleo empurrou para baixo os valores das importações, mostraram dados do governo nesta quarta-feira (18).
De acordo com dados preliminares do Ministério das Finanças, as exportações subiram 2,4% no segundo mês de 2015, para 5,94 trilhões de ienes, marcando o sexto mês consecutivo de expansão, em grande parte devido a fraqueza do iene, que impulsionou os embarques de automóveis e de semicondutores.
Já as importações recuaram pelo segundo mês consecutivo, para 6,36 trilhões de ienes, retração de 3,6%, influenciadas por um contínuo declínio nos preços do petróleo.
A balança comercial japonesa permaneceu no vermelho pelo 32º mês consecutivo, o período mais longo desde que os dados comparáveis se tornaram disponíveis, em janeiro de 1979. Em contrapartida, o déficit comercial encolheu pelo quinto mês seguido.
No mesmo período, os embarques para os Estados Unidos, cuja economia tem caminhado em rota de recuperação, subiram 14,3%, para 1,21 trilhão de ienes, marcando a sexta alta mensal consecutiva. Já e as importações provenientes da maior economia do mundo, subiram 0,5%, para 584 bilhões de ienes.
Por outro lado, as exportações para a China, maior parceiro comercial do Japão, encolheu 17,3%, para 888,9 bilhões de ienes. Trata-se do primeiro declínio em seis meses, afetados pelos feriados do Ano Novo Lunar em meados de fevereiro, o que atrasou as atividades de negócios na segunda maior economia do mundo. Já as importações provenientes da China cresceram 39,4%, para 1,658 trilhão de ienes.
Os embarques para a União Europeia, por sua vez, subiram 1,9%, para 621,1 bilhões de ienes, enquanto as importações do bloco de 28 nações caíram 3,8%, para 623,4 bilhões.
No mês, as importações de petróleo bruto caíram 54,8%, e as de gás natural liquefeito declinaram 5,2% em meio ao declínio global dos preços do petróleo.
Normalmente, um iene enfraquecido apoia as exportações, tornando os produtos japoneses mais baratos no exterior, aumentando o valor das receitas em termos de ienes. Por outro lado, a baixa da moeda japonesa eleva os preços das importações.
O Japão não registra um superávit na balança comercial desde junho de 2012.
== Kyodo
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