Atualizado em 18/06/2015 – 07h01
Japão registrou um déficit comercial de 216 bilhões de ienes (cerca de US$ 1,8 bilhão) em maio, o que representa o segundo mês consecutivo de saldo negativo para a balança comercial japonesa, mostraram dados do governo nesta quarta-feira (17). O número negativo vem após o déficit em abril, US$ 432 milhões, e depois do superávit registrado em março, o primeiro do Japão em dois anos e nove meses.
O resultado em maio, no entanto, veio abaixo da previsão mediana de analistas ouvidos pelo Wall Street Journal, que estimavam um déficit de 226,45 bilhões de ienes para o quinto mês do ano.
Em comparação com maio de 2014, o déficit comercial da terceira economia mundial se reduziu em 76,5%, de acordo com dados preliminares do Ministério das Finanças.
As exportações cresceram 2,4% em maio, na comparação com igual mês do ano anterior, situando-se em 5,741 trilhões de ienes. Na mesma base de comparação, as importações recuaram 8,7%, para 5,956 trilhões de ienes, em seu quinto recuo seguido.
Apesar disso, o volume de importações japonesas de hidrocarbonetos subiu em maio para US$ 10,45 bilhões, o que representou um quinto do total de suas compras procedentes do exterior (21,8% do total).
As exportações japonesas cresceram no ritmo mais lento em nove meses, com os embarques para os Estados Unidos e, principalmente, para a China desacelerando, enquanto os volumes exportados no mês recuaram na comparação anual. Os números são um sinal de que um desempenho menos forte dos EUA e da China pode estar começando a prejudicar a recuperação econômica japonesa. Em abril, as exportações haviam avançado 8,0%.
Com a China, principal parceiro comercial do Japão, o déficit comercial em maio foi de US$ 3,091 bilhões. Com o segundo, os Estados Unidos, se alcançou um saldo positivo de US$ 3,27 bilhões, enquanto com a União Europeia, terceiro parceiro comercial, o Japão registrou déficit no valor de US$ 700 milhões. Na relação comercial com o Brasil, o Japão teve um saldo negativo de US$ 240 milhões.
Os volumes exportados, que os economistas consideram uma medida mais confiável da força exportadora do Japão que o valor total, recuaram em 3,8%, sua primeira queda em três meses, de acordo com os dados do ministério.
O Japão, uma tradicional potência exportadora, vem obtendo saldos comerciais negativos desde junho de 2012, principalmente pelo impacto das compras de petróleo para compensar o blecaute nuclear motivado pelo acidente atômico de Fukushima em março de 2011.
Fontes: Agência Reuters | NHK News.
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