O dólar encerrou a sessão em alta nesta segunda-feira (20), alcançando a maior cotação em 4 meses, com os investidores antenados à trajetória das taxas de juros no exterior e às preocupações domésticas, principalmente com o futuro da Petrobras, cujo presidente-executivo pediu demissão após reajuste de preços na semana passada.
De acordo com o jornal financeiro Money Times, a moeda norte-americana fechou o dia com alta de 0,85%, cotada a R$ 5,1867. Este é o maior valor de fechamento do dólar desde 14 de fevereiro, quando fechou em R$ 5,2186.
Na última sexta-feira (17), o dólar fechou em alta de 2,32%, cotado a R$ 5,1432. Com o resultado de hoje, a moeda passou a acumular alta de 9,16% no mês. Porém, no ano, soma desvalorização de -6,96% frente ao real.
Alta dos juros nos EUA e Petrobrás
No radar dos investidores estava a volta do risco fiscal no Brasil e a política monetária do Federal Reserve (FED, banco central dos EUA), que subiu os juros mais do que esperava e provocou um retorno de dólares para a economia americana.
No exterior, o foco permanece na trajetória das taxas de juros para conter a inflação e nos temores de recessão global. O feriado nos EUA (emancipação dos escravos) limita o volume das negociações nos mercados financeiros.
Mercado interno
Segundo a revista Veja, as sucessivas propostas do governo federal para tentar baixar os preços dos combustíveis e, mais recentemente, para taxar as exportações e os lucros da Petrobras, trazem instabilidade ao mercado porque podem desrespeitar o teto de gastos.
Nos últimos 30 dias, as ações da estatal recuaram 23%, mas encerraram o dia em alta de pouco mais de 1% mesmo depois da renúncia de José Mauro Coelho.
Após muita pressão do presidente da Câmara Arthur Lira (PP), que ameaçou instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar a Petrobras, seus diretores e até familiares dos funcionários, José Mauro Coelho renunciou à presidência da empresa.
== Mundo-Nipo (MN)
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