O governo do Japão reduziu nesta terça-feira (21) sua avaliação econômica pelo segundo mês consecutivo. A avaliação vem após pesquisa do Banco do Japão (BoJ, o banco central japonês) feita no início deste mês, que mostrou que a confiança no setor de serviços piorou no terceiro trimestre, com a economia enfrentando dificuldades para superar o impacto da elevação do imposto sobre vendas.
O governo também diminuiu sua visão sobre a produção industrial pela primeira vez em cinco meses diante da menor produção de bens pelas empresas e estoques maiores devido à queda na demanda desencadeada pela alta dos 3 pontos percentuais na alíquota do imposto sobre o consumo, que aumentou para 8% em 1º de abril, início do ano fiscal japonês.
Economistas dizem que o Japão irá provavelmente evitar uma recessão, mas os gastos do consumidor e a produção consistentemente fracos podem alimentar a especulação de que o primeiro-ministro, Shinzo Abe, vai adiar o segundo aumento de imposto sobre vendas previsto para o próximo ano.
“A economia japonesa está em recuperação moderada, mas recentemente pode se ver fraqueza”, informou o Escritório do Gabinete em seu relatório econômico mensal para outubro.
Isso foi um rebaixamento em relação à avaliação do mês passado, que disse que a fraqueza estava limitada a apenas alguns setores.
Em contrapartida, o presidente do BoJ, Haruhiko Kuroda, declarou que “prevê uma queda no impacto causado pelo aumento do imposto”. A declaração foi feita na segunda-feira (20), em uma reunião do presidente com os 32 gerentes dos escritórios regionais do BC japonês.
Kuroda disse acreditar que a inflação continue baixa por algum tempo, em cerca de 1%, excluindo-se os efeitos causados pelo aumento na tributação. Ele disse ainda que o BoJ irá manter suas medidas de afrouxamento monetário, já que planeja aumentar a taxa de inflação para 2%.
Por outro lado, o BoJ rebaixou sua avaliação da economia da região de Tohoku, devido principalmente a sua produção fraca. A região, que é composta por seis províncias, é localizada no norte da principal ilha do Japão. O banco manteve as avaliações das economias das demais oito regiões do país.
O Banco do Japão divulga avaliações das economias de nove regiões a cada três meses. É a primeira vez em 21 meses que o BC revisa para baixo sua avaliação econômica de uma de suas regiões.
Fontes: Agência Kyodo | Agência Reuters.
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