Atualizado em 25/11/2024
A taxa de inflação básica do Japão, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), desacelerou pelo segundo mês consecutivo, atingindo 2,3% em outubro em comparação ao mesmo mês do ano anterior. Essa redução é atribuída à diminuição nos preços da eletricidade, de acordo com os dados divulgados pelo governo japonês na última sexta-feira (22). Os consumidores foram beneficiados por um retorno temporário de subsídios aos serviços públicos, que haviam sido reduzidos em setembro, informou o jornal financeiro Nikkei.
O IPC é o principal índice que mede a inflação no Japão e serve como o indicador-chave para as tendências econômicas. Em setembro, a inflação havia registrado um aumento de 2,4%. Apesar da desaceleração, o índice permanece acima da meta de inflação definida pelo Banco do Japão (BOJ), estabelecida em abril de 2022.
Em relação ao núcleo do IPC, que exclui alimentos frescos e energia, a taxa subiu 2,3%, superando o crescimento de 2,1% verificado no mês anterior. Este indicador é o preferido pelo BOJ para medir a inflação, pois ajuda a identificar tendências subjacentes em um ambiente econômico em mutação.
Os preços dos serviços públicos, que tiveram aumento de 3,2%, apresentaram uma significativa desaceleração em relação ao ganho de 8,8% observado em setembro. No setor de alimentos não perecíveis, os preços registraram um crescimento de 3,8%, em comparação com o aumento de 3,1% do mês anterior.
A reintrodução dos subsídios para eletricidade e gás de agosto a outubro foi um fator crucial que influenciou a dinâmica dos preços, refletindo no comportamento dos indicadores nas semanas seguintes. Os preços do setor de serviços gerais, que incluem restaurantes, aumentaram 1,7%, embora isso tenha representado uma desaceleração em relação ao rendimento de 1,8% registrado em setembro. O monitoramento dos preços nesse setor é crucial, especialmente porque eles costumam refletir os custos trabalhistas.
“Foi interessante observar se os preços dos serviços gerais subiriam em outubro, uma época em que frequentemente ocorrem ajustes“, comentou Kanako Nakamura, economista do Instituto de Pesquisa Daiwa, “mas os aumentos foram mais fracos do que o esperado”.
Nakamura também fez previsões sobre o futuro, acreditando que o núcleo do IPC deverá estabilizar perto de 2% anualmente até o ano fiscal de 2025, à medida que a tendência de aumentos cíclicos nos salários e preços se solidifica.
*A tabela com os dados completos pode ser conferida no site do Ministério dos Assuntos Internos e Comunicações.
== Mundo-Nipo (MN)
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