O principal índice que mede a inflação no Japão acelerou fortemente em outubro em termos anualizados, impulsionado pelos preços mais elevados dos alimentos, informou o governo do país nesta sexta-feira (27), sinalizando que a inflação no país continua aumentando mesmo com a redução dos custos com energia elétrica, segundo Kyodo News.jp.
De acordo os dados oficiais, o núcleo do Índice de Preços ao Consumidor (IPC, na sigla em inglês) de Tóquio, indicador que inclui os custos com combustíveis, mas exclui os preços voláteis de alimentos frescos, subiu 2,7% em outubro em relação ao mesmo mês do ano passado.
A alta da inflação na capital japonesa em outubro representa uma aceleração em relação a setembro, que ficou em 2,5%.
Por sua vez, o indicador chamado núcleo do núcleo, que exclui os preços dos alimentos frescos e também dos combustíveis, subiu 3,8% em outubro na comparação com outubro de 2022, após alta de 3,9% em setembro.
Os consumidores de Tóquio continuam enfrentando os preços mais elevados nos supermercados, uma vez que o custo dos alimentos disparou 7,3%.
Por outro lado, houve uma queda nos custos de energia, com as contas de eletricidade diminuindo em 18,6% e o preço do gás recuando em 14,2%.
Essa margem de declínio, no entanto, foi menor em comparação com os números de setembro, principalmente devido à redução dos subsídios governamentais para contas de serviços públicos, que foram cortados para metade.
Além disso, os preços dos serviços aumentaram 2,1% em termos anualizados em outubro, o que representa alta de 2 pontos percentuais em comparação ao aumento de 1,9% em setembro. Analistas apontam que as perspectivas de salários mais altos podem aumentar a pressão inflacionária, indo além dos bens.
O resultado da inflação em Tóquio é considerado um indicador chave para a inflação nacional. Os números consolidados para todo o país serão divulgados em 24 de novembro, o que fornecerá uma visão mais abrangente da situação inflacionária no Japão.
== Mundo-Nipo (MN)
Fonte: Kyodo News JP
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