Do Mundo-Nipo com Agências
O preço médio da gasolina comum no mercado japonês continua firme com sua sequência de quedas, caindo esta semana para 136,20 ienes (cerca de R$ 2,99) por litro ante 139,60 ienes registrados na semana anterior, marcando a 27ª semana consecutiva de recuos, de acordo com a pesquisa semanal da Agência Japonesa de Recursos Naturais e Energia (ANRE), uma filial do Ministério da Economia, Comércio e Indústria.
Divulgada nesta quarta-feira (28), a pesquisa mostra que o preço da gasolina no varejo é o mais baixo em mais de 4 anos, desde a semana de 11 janeiro de 2011, quando o preço estava em 135,90 ienes. Além disso, a maior sequência de queda semanal continua a ser a maior desde 1990, quando o governo japonês passou a realizar a pesquisa.
Na comparação anual, o preço médio esta semana caiu 14,2% ante o mesmo período do ano anterior, marcando a sétima queda anual seguida e ocorre após ter recuado 12% na semana anterior em relação há um ano antes, de acordo com os dados da pesquisa.
Com isso, o preço atual da gasolina está bem abaixo da média nacional de 159 ienes registrado pouco antes do aumento do imposto sobre o consumo em abril do ano passado, quando o preço médio subiu acentuadamente, para 164,1 ienes na primeira semana após o aumento.
O pico de 169,9 ienes, registrado no dia 14 de julho, ou seja, há 27 semanas, foi o mais alto em mais de seis anos, desde o dia 29 de setembro de 2008, quando o preço médio chegou a 170,2 ienes. O valor, porém, é bem abaixo do recorde de 185,1 ienes alcançados em 4 de agosto de 2008.
A ANRE reiterou sua percepção de que a queda dos preços no país continua a ser um reflexo da baixa cotação do petróleo, que seguiu despencando desde o meio no ano passado até o início deste ano, chegando a ser negociado abaixo de US$ 50 o barril ante o pico de US$ 115 registrado em junho de 2014.
A agência também avalia que a desvalorização da gasolina, no mercado japonês, deve continuar na próxima semana, mesmo com os preços do petróleo indicando ter encontrado um piso, em meio a empresas de energia cortando investimentos em produção, o que pode aliviar o excesso de oferta que levou os preços da commodity a caírem pela metade nos últimos sete meses.
Enquanto isso, no Brasil, os impostos sobre os combustíveis irão aumentar. O anúncio foi feito na semana passada. A nova alíquota do PIS Cofins será cobrada a partir de fevereiro. E a Cide, taxa que estava zerada desde 2012, vai voltar em três meses.
Nas refinarias, o litro da gasolina deve subir R$ 0,22 e o diesel,R$ 0,15. O custo final para o consumidor pode ser ainda maior. A queda global nos preços do petróleo, no entanto, não se aplica ao Brasil. O Centro Brasileiro de Infraestrutura fez a comparação. Enquanto a gasolina estava em alta no exterior, o preço era mais baixo no Brasil.
No início de 2015, o produto está quase 70% mais caro do que no mercado internacional. O diesel custa 53% a mais.
Com o anúncio do governo sobre o aumento das alíquotas de tributos sobre combustíveis, o consumidor brasileiro vai ter que pagar mais caro, mesmo com o preço do barril em atingindo mínimas históricas.
(Com informações do Globo News e Agência Kyodo)
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