Neste ano, o aumento salarial médio mensal nas empresas japonesas alcançou 11.961 ienes, marcando um incremento de 2.524 ienes (aproximadamente US$ 16) e ultrapassando a barreira simbólica de 10 mil ienes pela primeira vez, conforme revelou uma pesquisa do governo nesta segunda-feira (28). Este crescimento, que ocorre em meio a inflação, representa uma alta de 4,1% em relação ao ano anterior e é resultado das negociações históricas entre a gerência e os sindicatos durante as tradicionais reuniões de reajuste salarial que ocorrem na primavera.
O resultado é significativo, pois tanto o valor absoluto quanto a taxa de crescimento dos salários superaram as marcas do ano passado, representando o maior aumento desde que começaram a ser coletados dados comparativos em 1999. Essa tendência reflete uma recuperação nas negociações salariais em um país que historicamente tem evitado aumentos, pós um longo período de deflação.
Entretanto, a situação dos salários reais ainda é preocupante. No mês de maio, os salários reais caíram pelo 26º mês consecutivo, evidenciando que os aumentos salariais não têm acompanhado adequadamente o aumento dos preços. Embora tenha havido uma leve recuperação nos meses de junho e julho, os números voltaram a cair em agosto, o que indica que muitas famílias ainda enfrentam dificuldades financeiras.
Em resposta à situação, o maior sindicato do Japão estabeleceu uma meta de solicitar aumentos salariais de pelo menos 5% na próxima primavera, um objetivo que se alinha aos níveis buscados neste ano. Além disso, a Confederação Sindical Japonesa pretende promover metas mais ambiciosas para as pequenas e médias empresas, visando reduzir a disparidade salarial entre empresas de diferentes tamanhos.
A pesquisa mais recente do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar, realizada entre julho e agosto, contou com 1.783 respostas de empresas com mais de 100 funcionários. A pesquisa revelou que 91,2% das empresas aumentaram ou planejam aumentar os salários, um crescimento de 2,1 pontos percentuais em relação ao ano anterior.
Por setor, todas as empresas nos segmentos de mineração, serviços públicos e saúde relataram aumentos salariais ou planos para fazê-lo. No entanto, apenas 74,4% das empresas do setor de transporte e serviços postais manifestaram a mesma intenção, segundo os dados da pesquisa.
Entre as empresas que implementam um sistema regular de aumentos salariais com base na antiguidade, a porcentagem que aumentou o salário-base ou planeja fazê-lo subiu 2,6 pontos, atingindo 52,1%. Quanto aos fatores que motivaram esses aumentos, 35,2% das empresas citaram melhores resultados financeiros, enquanto a necessidade de garantir a força de trabalho foi mencionada por 14,3%, de acordo com o Ministério da Saúde.
== Mundo-Nipo (MN)
Com Asahi Shimbun
Foto em Destaque: Depositphotos
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