O índice de desemprego no Japão subiu 3,8% em julho ante 3,7% no mês anterior, marcando o segundo aumento mensal consecutivo após uma sequência de 10 meses de queda, mostraram dados do governo nesta sexta-feira (29).
Os resultados de junho e julho contrastam com o registrado em maio, quando recuou para 3,5%, alcançando o menor nível em mais de 16 anos, desde dezembro de 1997.
Segundo os dados do Ministério dos Assuntos Internos e Comunicações, o número de desempregados no sétimo mês do ano situou-se em 2,48 milhões, uma alta de 40 mil em relação ao mês anterior, enquanto o número de pessoas que perderam seus empregos aumentou 30 mil, para 750 mil em julho. Já o número de pessoas que recentemente começaram a procurar trabalho subiu de 50 mil para 780 mil.
Na comparação entre gêneros, o índice de desemprego para as mulheres aumentou 0,2 ponto percentual em relação a junho, para 3,7%. Entre os homens, o número se manteve estável, para 3,8%.
Já a disponibilidade de emprego no país se manteve estável na comparação com o mês anterior. O índice entre oferta e procura situou-se em 1,10 pontos, ou seja, havia 110 ofertas de por cada 100 candidatos.
A terceira maior economia do mundo, no entanto, vem se deteriorando desde o aumento de 3 pontos percentuais na taxa do imposto sobre o consumo, para 8% a partir de 1º de abril, o que sufocou os gastos privados e a produção industrial.
“Com o aumento do imposto obscurecendo a perspectiva econômica, o ritmo de melhora no mercado de trabalho, de certo, recuará no meio do caminho”, disse Yoshiki Shinke, economista-chefe do Instituto de Pesquisa de Vida Dai-ichi.
Alguns especialistas estimam que a economia do país, provavelmente, não consiga se recuperar no período julho-setembro em um ritmo que possa compensar a queda econômica nos três meses anteriores.
(Com Agência Kyodo)
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