Atualizado em 05/11/2024
A taxa de desemprego no Japão atingiu 2,4% em setembro, marcando uma nova queda em relação aos 2,5% registrados em agosto. Essa tendência de redução, iniciada no mês anterior, reflete a crescente estabilidade do mercado de trabalho japonês, com significativa redução nas demissões. Os dados, divulgados pelo governo japonês, nesta terça-feira (29), indicam que a economia japonesa segue em um caminho de recuperação gradual.
O Ministério de Assuntos Internos e Comunicações reportou que a diminuição no número de trabalhadores sem emprego caiu 2,3%, para 1,68 milhão. Ao mesmo tempo, o total de pessoas empregadas sofreu uma leve queda de 0,1%, totalizando 67,82 milhões, ajustado sazonalmente. Este cenário sugere uma ressurgência da confiança no mercado, com menos pessoas sendo demitidas.
Do total de pessoas que não estavam empregadas, o número de demitidos reduziu em 20 mil, representando uma queda de 5,1%. Ao contrário, a quantidade de trabalhadores que optaram por deixar seus empregos voluntariamente aumentou em 40 mil, ou 5,7%, indicando uma dinâmica complexa na força de trabalho.
Yuichi Kodama, economista-chefe do Instituto de Pesquisa Meiji Yasuda, afirmou à agência Kyodo que “o mercado de trabalho continua a se fortalecer, e a tendência parece estar se acelerando, principalmente entre as mulheres“. De fato, a taxa de desemprego entre as mulheres caiu para 2,1%, apresentando uma melhoria mais acentuada em comparação com o aumento de 0,2 pontos no mês anterior. Contudo, a taxa entre os homens também foi registrada, permanecendo em 2,7%, uma deterioração em relação aos 2,5% anteriores.
Os desafios persistem, uma vez que a escassez crônica de mão de obra no Japão exige uma ampliação da força de trabalho, englobando grupos que anteriormente estavam fora do mercado, especialmente mulheres e idosos, além de trabalhadores estrangeiros que, por sua vez, têm ajudado cada vez mais a aliviar a escassez de mão de obra no país.
Dados separados divulgados pelo Ministério do Trabalho mostrou que a taxa de disponibilidade de empregos subiu ligeiramente, alcançando 1,24 ponto, o que indica que havia 124 vagas disponíveis para cada 100 candidatos em busca de emprego em setembro.
Dados por setor
Em relação às novas ofertas de emprego, o setor de informação e comunicação demonstrou um aumento de 8,9% em comparação ao ano anterior, conforme informações do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar. Entretanto, em contraste, os setores de serviços de estilo de vida e entretenimento experimentaram uma queda de 13,3% nas novas vagas, enquanto o setor industrial, particularmente entre os fabricantes, viu uma diminuição de 9,1%.
Esses dados não apenas refletem a situação atual do emprego no Japão, mas também as expectativas futuras. As tendências observadas podem influenciar decisões econômicas e políticas, à medida que o país busca formas de superar a escassez de mão de obra e fortalecer sua economia.
Alta recorde dos salários
Na segunda-feira, o Ministério do Trabalhou reportou que o aumento salarial médio mensal nas empresas japonesas alcançou 11.961 ienes, marcando um crescimento de 2.524 ienes (cerca de US$ 16) e ultrapassando a barreira simbólica de 10 mil ienes pela primeira vez.
Este crescimento, que ocorre em meio a inflação, representa uma alta de 4,1% em relação ao ano anterior e é resultado das negociações históricas entre a gerência e os sindicatos durante as tradicionais reuniões de reajuste salarial que ocorrem na primavera.
== Mundo-Nipo (MN)
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