Cerca de um terço das pequenas e médias empresas japonesas pretende aumentar os salários de seus funcionários, uma estimativa que ocorre em meio a repetidos pedidos do governo central por aumentos salariais para conter a inflação, mostrou uma pesquisa recente realizada pela companhia Daido Life Insurance, uma das mais proeminentes seguradoras do Japão, informou ontem (29) a Kyodo News.
Cerca de 34% dos entrevistados disseram que estão dispostos a oferecer aumentos salariais, incluindo empresas que já aumentaram os salários no ano passado, de acordo com a pesquisa.
Do total de empresas inquiridas, 24,9% afirmaram que querem aumentar os salários em “menos de 2%”, enquanto 27,8% disseram que o acréscimo seria entre 2% e 3%.
A pesquisa foi realizada online e presencialmente entre os dias 1 e 26 de janeiro. O inquérito obteve respostas de altos executivos de 9.238 pequenas e médias empresas em todo o Japão.
O primeiro-ministro Fumio Kishida pediu aumentos salariais que ultrapassem a taxa de inflação. Dados recentes do governo mostraram que o índice nacional de preços ao consumidor, um indicador importante da inflação, subiu 4% em dezembro em relação ao mesmo mês do ano anterior, o ritmo mais alto desde 1981.
Mais de 3 milhões de pequenas e médias empresas representam aproximadamente 99% de todos os negócios no Japão. Os aumentos salariais nessas empresas são essenciais para ajudar a evitar que o aumento dos preços reduza os gastos do consumidor.
A pesquisa, no entanto, também revelou que 32% das empresas pesquisadas não têm intenção de oferecer aumentos salariais, citando as perspectivas econômicas pouco claras e os ganhos lentos. Essas empresas incluem aquelas que tentaram fazê-lo, mas não conseguiram.
“Para uma pequena empresa como a nossa, os aumentos salariais são difíceis”, disse o gerente de um atacadista durante a pesquisa. “Meu salário não aumenta há muitos anos”, completou.
A pesquisa também constatou que 21% dos entrevistados consideraram o ambiente de negócios em 2022 bom, inalterado em relação ao ano anterior. No entanto, a taxa não recuperou os níveis marcados durante o ano pré-pandêmico de 2019.
Trinta e dois por cento dos entrevistados consideraram o ambiente de negócios de 2022 ruim, o que representa queda de 4 pontos em relação a 2021.
== Mundo-Nipo (MN)
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