Banco do Japão decide manter política monetária

A decisão ocorre apesar da inflação estagnada, em meio à fraqueza nas exportações e nos gastos das famílias.
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O Banco do Japão (BoJ, o banco central japonês) decidiu nesta sexta-feira (30) não ampliar seu maciço programa de estímulos, preferindo preservar suas opções diante de esperanças de que a economia consiga superar os ventos contrários vindos da desaceleração da China sem apoio monetário adicional.

Apesar da decisão, o banco central deve continuar sob pressão para expandir seu imenso programa de compra de títulos em um momento em que custos de energia em queda, exportações fracas e a frágil recuperação dos gastos das famílias mantêm a inflação bem abaixo da meta de 2%.

Em seu relatório de perspectivas, publicado duas vezes por ano, o banco central cortou previsões sobre inflação previamente otimistas e postergou em cerca de seis meses seu cronograma para atingir a meta de inflação de 2%.

O relatório também advertiu que ventos contrários no exterior, como a desaceleração da China e demanda fraca em mercados emergentes, representam riscos fortes à perspectiva econômica japonesa.

No entanto, o presidente do Banco do Japão, Haruhiko Kuroda, manteve seu otimismo de que a economia vai sustentar uma retomada modesta, à medida que as exportações e a produção se recuperem.

“O cronograma para atingir a meta de preços foi postergado, mas isso se deve largamente ao efeito da queda dos preços de energia”, disse Kuroda em entrevista coletiva, acrescentando que “a tendência de preços está melhorando gradualmente e é provável que a inflação caminhe em direção a 2% conforme o efeito da queda dos preços do petróleo se dissipe”.

(Com Agência Reuters)

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