O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, afirmou que pediu que nove reatores nucleares estejam em operação neste inverno no país, que começa em 22 de dezembro, para evitar a escassez de energia no Japão, informou a agência Bloomberg.
“Existem preocupações sobre uma possível falta de energia neste inverno”, disse Kishida em entrevista coletiva na quinta-feira. “Temos de prevenir esta situação”, completou.
O premiê japonês disse que o Ministério da Economia, Comércio e Indústria fará o que puder para pressionar por nove reatores operando, que podem cobrir cerca de 10% do consumo de energia do Japão.
Segundo ele, o reinício desses reatores está de acordo com os planos das concessionárias regionais, que pretendem ter mais reatores produzindo eletricidade quando o clima mais frio chegar.
O Japão tem lutado com o suprimento de eletricidade escasso devido ao clima extremo, a aposentadoria de usinas de energia mais antigas e atrasos na reinicialização de reatores nucleares que foram fechados após o desastre nuclear de Fukushima, em 2011. Também está cortando o uso de fontes de energia da Rússia após sua invasão da Ucrânia.
Enquanto o Japão já enfrenta uma crise de energia durante o resto do verão, espera-se que o fornecimento de eletricidade para o próximo inverno fique no limite.
Kishida vem aumentando a retórica em torno da energia nuclear, solicitando reinícios mais rápidos para instalações que foram aprovadas nas revisões de segurança. No entanto, o governo central do Japão tem pouca capacidade de realmente ordenar que uma usina retome as operações, uma vez que existe um processo regulatório rigoroso.
Dez dos 33 reatores nucleares em operação do Japão foram reiniciados sob as regras de segurança pós-Fukushima, embora alguns estejam off-line para manutenção. Outras sete unidades foram liberadas pelo regulador nuclear do país para retomar as operações, mas ainda não foram reiniciadas devido a atualizações necessárias ou falta de suporte local.
== Mundo-Nipo (MN)