Do Mundo-Nipo
O Japão foi criticado durante as negociações na 19ª Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Mudança Climática nesta sexta-feira (15), em Varsóvia, na Polônia, onde ambientalistas, China e União Europeia opuseram-se veemente contra a nova meta do país sobre redução de emissões de gases de efeito estufa.
A nova política do Japão foi amplamente criticada em Varsóvia, onde cerca de 190 nações estão reunidas até 22 de novembro para trabalhar em um pacto climático global, previsto para ser aprovado em 2015.
O governo japonês decidiu na sexta-feira firmar como meta um corte de 3,8% em suas emissões até 2020 na comparação com os níveis de 2005. O percentual representa uma elevação de 3% em relação ao ano de 1990, referência da ONU, e a reversão da meta anterior de redução de 25%.
“Dado que nenhum dos reatores nucleares está operando, isso era inevitável”, disse o ministro do Meio Ambiente japonês, Nobuteru Ishihara.
As 50 usinas nucleares do Japão foram fechadas por questões de segurança depois que o tsunami gerado pelo terremoto de março de 2011 atingiu a usina Fukushima Daiichi, no nordeste de Tóquio, gerando a pior crise nuclear desde Chernobyl.
A energia nuclear é responsável por quase 30% da geração de eletricidade do Japão, e sua perda obrigou o país a importar gás natural e carvão, fazendo com que suas emissões de gases de efeito estufa disparassem.
A negociadora do clima da China, Su Wei, disse: “Eu não tenho nenhuma maneira de descrever meu desalento” com a meta revista.
A União Europeia também expressou desapontamento e disse esperar que todas as nações se atenham aos cortes prometidos como parte dos esforços para deter o aquecimento global.
As informações são da agência EFE e da emissora NHK.
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