Do Mundo-Nipo
Cerca de um terço das assembleias do Japão, incluindo as que estão no nível provincial, apresentaram declarações pedindo a abolição das usinas nucleares para a dieta desde o início da crise nuclear desencadeada na usina de Fukushima, em 2011, de acordo com um estudo realizado pelo jornal japonês ‘The Asahi Shimbun’.
A maioria de tais declarações, feitas por 455 assembleias, foram aprovadas em prefeituras que compartilham fronteiras com províncias que hospedam usinas nucleares. As declarações requerem uma mudança radical na política energética do país, e um grande número também defende um aumento significativo de fontes de energia renováveis, como energia solar e eólica.
A assembleia municipal da prefeitura de Kochi exigiu uma “revisão da dependência de usinas nucleares, cuja segurança não está estabelecida”, enquanto a assembleia municipal de Kunitachi, em Tóquio, “exige que uma mudança seja realizada para que a sociedade não dependa mais de energia nuclear”.
A assembleia municipal de Fukaya, na província de Saitama, foi mais longe, pedindo o “fim imediato da geração de energia nuclear”.
Os resultados do estudo mostraram que a geração de energia nuclear poderia emergir como uma questão crucial nas eleições locais, como a que irá acontecer no dia 9 de fevereiro em Tóquio, para governador da capital japonesa, uma vez que a Companhia de Energia Elétrica de Tóquio, (Tepco), operadora da danificada usina em Fukushima, abastece Tóquio e prefeituras vizinhas na região de Kanto.
De acordo com a lei de autonomia local, uma assembleia pode adotar declarações que represente a opinião sobre questões que refletem na política nacional. Tal declaração é submetida ao governo ou a dieta, embora não seja juridicamente vinculativa.
De acordo com a secretaria da Câmara Alta, a dieta já recebeu 1.475 declarações sobre questões energéticas desde o acidente nuclear na usina Fukushima Daiichi, em março 2011.
Hokkaido superou as 47 províncias do país em termos de número de assembleias locais que adotam uma posição oficial, são 54 ao todo.
Províncias vizinhas a Fukushima também teve números altos: Yamagata tem 25; Tochigi com 22, e Ibaraki soma 19.
Na prefeitura de Kochi, 23 assembleias locais, ou mais da metade do total, emitiram tais declarações. A prefeitura está localizada ao lado de Ehime, que hospeda a usina nuclear de Ikata, operada pela Companhia de Energia Elétrica de Shikoku.
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