Falha na usina de Fukushima provoca vazamento de água radioativa para o mar

Bombas do sistema de contenção da água pararam de funcionar, permitindo hoje que o líquido radioativo fluísse para o Oceano Pacífico.

Do Mundo-Nipo com Agências

Um falha técnica ocorrida na danificada usina nuclear de Fukushima, no nordeste do Japão, provocou nesta terça-feira (21) um novo vazamento de água radioativa no Oceano Pacífico, informou a Companhia de Energia Elétrica de Tóquio (Tepco), operadora do complexo nuclear.

O vazamento foi causado por um acúmulo de água da chuva sobre a parte superior do reator 2 da usina. Após ficar contaminado pela radioatividade, o líquido escoou para os canais que desembocam no mar.

A água contaminada continha 29.400 becquerels por litro de césio radioativo e 52.000 de estrôncio, além de outras substâncias emissoras de raios beta – muito acima dos limites legais -, conforme as informações divulgadas pela Tepco.

A companhia detectou os níveis excessivos de radioatividade em abril de 2014, mas permaneceu em silêncio sobre o problema até fevereiro deste ano. Tampouco tomou medidas para solucioná-lo no período.

Para conter a saída da água contaminada, a Tepco informou que iniciou na última sexta-feira uma operação de bombeamento que levava o líquido para outros encanamentos que desembocam no píer da central, separado do Pacífico por um dique.

Após quatro dias em funcionamento, as oito bombas que compõem o sistema pararam, permitindo que a água radioativa fluísse em direção ao mar, explicou a Tepco em comunicado.

A companhia acrescentou que desconhece a quantidade e a concentração de substâncias radioativas que foram parar no mar. Neste momento, afirmou que se concentra em investigar as causas do acidente.

Considerado o pior desde o de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986, o acidente nuclear em março de 2011 no complexo nuclear Fukushima Daiichi foi provocado por um gigantesco tsunami gerado após um terremoto de 9,2 de magnitude, que devastou parte do nordeste japonês.

Desde então, as emissões e vazamentos radioativos mantêm 70 mil pessoas que viviam perto da usina fora de suas casas, além de terem afetado gravemente a pesca, a agricultura e a pecuária local.

(Com informações das Agências AFE e Kyodo)

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