Japão eleva gravidade do vazamento de Fukushima para nível 3

O Japão deu mais uma prova de que a situação na usina Fukushima Daiichi é mais grave do que se acreditava.

Do Mundo-Nipo

Usina Fukushima Daiichi (Foto: Kyodo)
Cerca de 300 toneladas de água contaminada escaparam de um tanque de 11 metros de altura, que tem capacidade para mil toneladas, nos últimos dias (Foto: Kyodo)

A Agência Regulamentadora Nuclear do Japão (ARN) qualificou nesta quarta-feira (21) de nível 3, correspondente a um “incidente grave” na escala internacional de eventos nucleares, o vazamento de 300 toneladas de água altamente radioativa da danificada usina em Fukushima.

O Japão deu mais uma prova de que a situação na usina Fukushima Daiichi é mais grave do que se acreditava ao elevar a classificação para o nível 3, o que significa que o incidente é considerado sério de acordo com a escala nuclear internacional que vai até 7, o mais elevado e que define efeitos altamente prejudiciais a saúde e ao meio ambiente, conforme foi qualificado o acidente na mesma usina em 11 de março de 2011, quando atingiu o mais alto nível.

Criticada por seu despreparo para emergências e por esconder informações sobre o que realmente se passa na danificada usina Fukushima Daiichi, a Companhia de Energia elétrica de Tóquio (Tepco), operadora da central, reconheceu que o vazamento anunciado esta semana é o maior desde a tragédia causada pelo tsunami em 2011.

Cerca de 300 toneladas de água contaminada escaparam de um tanque de 11 metros de altura (com capacidade para mil toneladas), ultrapassando a barreira de concreto que cerca o reservatório. Já é o quarto tanque a apresentar problema do tipo.

O vice-presidente da Tepco, Zengo Aizawa, admitiu que o material tóxico pode ter chegado ao Oceano Pacífico. Segundo a rede NHK, a Tepco disse que os funcionários demoraram para perceber o último vazamento, apesar das inspeções constantes, porque o tanque não tinha um instrumento para medir o nível da água. Na quarta-feira, técnicos encontraram líquido radioativo num canal de drenagem próximo ao reservatório, indicando que a contaminação poderia estar atingindo o mar.

“Acidentes continuam acontecendo. Temos que pensar em como reduzir riscos e como impedir que a situação vire um incidente fatal”, disse Shunichi Tanaka, chefe da Autoridade Reguladora Nuclear (ARN).

O chefe de Gabinete, Yoshihide Suga, considerou a situação deplorável e declarou que o governo está fazendo todo o possível para ajudar.

 

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