Reatores reiniciarão só depois de “100% restaurados”, diz premiê japonês

A declaração de Abe aconteceu no World Leaders Forum, em Nova York.

Do Mundo-Nipo com Agência Kyodo

O primeiro-ministro Shinzo Abe reafirmou que o Japão não irá reiniciar suas usinas nucleares “a menos que a segurança esteja 100 por cento restaurada”.

 

Shinzo Abe em Nova York (Foto: Aflo Images)
A declaração de Abe aconteceu no World Leaders Forum, em Nova York (Foto: Aflo Images)

 

Japão está “completamente dependente dos combustíveis fósseis”, disse Abe no World Leaders Forum, em Nova York, à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas.

O premiê afirmou ainda que seu governo também tem como objetivo introduzir fontes de energia renováveis ​​a um ritmo acelerado.

No que diz respeito a energia nuclear, “só quando a segurança for estabelecida é que os complexos nucleares voltarão à operar”, disse Abe.

Os comentários de Abe vem quase duas semanas após a Autoridade Reguladora Nuclear (NRA) aprovar o reinício de uma usina de energia nuclear, o primeiro passo para a reabertura de uma indústria que tem estado ociosa desde o desastre de Fukushima em 2011.

Na manhã de segunda-feira (22), na reunião anual da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), em Viena, o ministro japonês da Política de Ciência e Tecnologia, Shunichi Yamaguchi, estabeleceu um plano para o reinício dos dois reatores da central de Sendai, na província de Kagoshima.

A NRA confirmou que foram tomadas medidas de segurança suficiente para o reinício dos reatores 1 e 2 da central que é operada pela Kyushu Electric Power Co., disse o ministro.

Em um discurso, Yamaguchi também reiterou que o governo japonês, em abril, adotou uma política energética básica em que a energia nuclear é considerada como uma importante fonte de energia.

O governo espera reativar os reatores do país somente se o órgão regulador confirmar que os padrões de segurança estejam satisfatórios, uma medida destinada a prevenir ou impedir acidentes nucleares graves, como o que aconteceu com a usina Fukushima Daiichi, operada pela Tokyo Electric Power Co. (Tepco), em março 2011, de acordo com Yamaguchi.

Além disso, Yamaguchi ressaltou que o Japão tomará medidas adicionais para resolver o problema da água radioativa que se acumula na danificada usina em Fukushima.

No mesmo dia, Yamaguchi também se reuniu com o diretor-geral da AIEA, Yukiya Amano. O ministro afirmou ao executivo que o Japão vai continuar a receber uma missão de investigação da AIEA para monitorar o progresso do desmantelamento dos reatores na usina de Fukushima.

 


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