As bolsas de valores da Ásia registraram alta nesta sexta-feira (15), mesmo após a queda predominante nas ações de Wall Street na véspera, motivada por um relatório de inflação no atacado dos Estados Unidos acima do esperado. Segundo o The Asahi, o índice apresentou variação que superou previsões de economistas, aumentando a incerteza sobre os próximos passos do Federal Reserve.
Nos mercados futuros, os contratos norte-americanos tiveram leve valorização, enquanto os preços do petróleo recuaram.
A China divulgou novos dados que reforçam os sinais de pressão econômica, agravados pelas tarifas mais altas impostas pelos EUA em julho. Entre os indicadores, as vendas no varejo cresceram 3,7% em relação ao ano anterior, abaixo dos 4,8% registrados em junho. Já os investimentos em ativos fixos, como equipamentos de fábrica, subiram apenas 1,6% no acumulado do ano, contra crescimento de 2,8% entre janeiro e junho.
A incerteza comercial permanece entre fabricantes chineses após o presidente Donald Trump decidir estender, por mais 90 dias, a suspensão do aumento acentuado nas tarifas de importação — prazo que já havia sido prorrogado em maio.
Nos pregões asiáticos, o índice Shanghai Composite subiu 0,8%, encerrando o dia em 3.694,91 pontos, enquanto o Hang Seng, de Hong Kong, recuou 1,2%, para 25.216,45 pontos. Em comentário sobre o cenário, o ING Economics avaliou que “a atividade econômica chinesa desacelerou em todos os setores em julho, atingindo níveis mínimos do ano em vendas no varejo, investimento e crescimento industrial. Após um início positivo, a queda contínua indica que a economia pode necessitar de mais estímulos”.
No Japão, o Nikkei 225, principal índice da Bolsa de Tóquio, avançou 1,7%, chegando a 43.381,10 pontos, após o governo anunciar que o PIB cresceu 1% no trimestre de abril a junho, desempenho acima das expectativas de mercado. Já na Oceania e outros mercados asiáticos, o S&P/ASX 200 da Austrália ganhou 0,7% (8.938,60 pontos), o TAIEX de Taiwan subiu 0,4% e o BSE Sensex da Índia registrou alta de 0,1%.
Ainda nesta sexta-feira, investidores aguardavam a divulgação das vendas no varejo dos EUA e uma reunião entre o presidente Donald Trump e o presidente russo, Vladimir Putin.
Na quinta-feira (14), cerca de 70% das ações do S&P 500 caíram, embora o índice tenha fechado com leve alta inferior a 0,1%, renovando recorde histórico. O Dow Jones recuou 11 pontos e o Nasdaq teve queda marginal, também inferior a 0,1%.
O relatório de inflação apontou aumento de 3,3% nos preços ao atacado em julho, contra a estimativa de 2,5%. O resultado elevou as dúvidas sobre um possível corte de juros pelo Federal Reserve na reunião de setembro. Embora taxas mais baixas favoreçam o consumo e investimentos, também podem intensificar pressões inflacionárias.
A possibilidade de juros elevados preocupa especialmente empresas de menor porte, que dependem mais de crédito. O índice Russell 2000, que reúne companhias de pequeno valor de mercado, caiu 1,2% — a maior queda entre os principais índices norte-americanos no dia.
Apesar do cenário, um relatório separado indicou queda no número de pedidos de seguro-desemprego, sinalizando estabilidade no mercado de trabalho. Essa resiliência pode reduzir a urgência do Fed em cortar juros no curto prazo.
Entre as gigantes de tecnologia, a Amazon se destacou com alta de 2,9%, após anunciar expansão de seu serviço de entrega de alimentos frescos no mesmo dia para mais de mil cidades. Com valor de mercado de US$ 2,45 trilhões, a companhia exerce forte influência no S&P 500.
No mercado de commodities, o petróleo WTI recuou US$ 0,08, sendo negociado a US$ 63,88 o barril, enquanto o Brent caiu US$ 0,11, para US$ 66,73. No câmbio, o dólar passou de 147,20 para 147,11 ienes, e o euro subiu de US$ 1,1654 para US$ 1,1672.
== Mundo-Nipo (MN)
Fonte: Asahi Shimbun / AFP
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