A maioria das principais Bolsas de Valores da Ásia fechou em alta nesta quinta-feira (24), influenciadas pelo otimismo com a atividade industrial da China, que impulsionou os mercados acionários da região. Entre os destaques, a Bolsa de Hong Kong encerrou no maior nível em mais de três anos e as ações em Sydney atingiram uma nova máxima em seis anos, informou p jornal financeiro Nikkei Asia.
O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) preliminar da HSBC para a China alcançou 52,0 em julho, muito acima de previsões de uma pequena alta para 51 em julho e a maior leitura em 18 meses. Além disso, boas notícias também surgiram em relação à perspectiva, com um subíndice de novos pedidos alcançando 53,7.
Em resposta, o índice Hang Seng, da Bolsa de Hong Kong, subiu 0,71%, para 24.141,50 pontos, o maior nível de fechamento desde abril de 2011. Junto com os positivos números do Produto Interno Bruto (PIB) chinês para o segundo trimestre, o indicador da indústria sustentou a visão de que a economia da China está se recuperando depois de uma desaceleração no início do ano.
O índice Xangai Composto, por sua vez, encerrou com ganho de 1,28%, aos 2.105,06 pontos, o nível de fechamento mais alto desde 16 de abril. O índice Shenzhen Composto, por outro lado, cedeu 0,15%, aos 1.101,09 pontos, tendo em vista que muitos investidores saíram de papéis de empresas menores diante de preocupações relacionadas a crescimento nos lucros.
Outro forte resultado veio da Austrália. O índice S&P/ASX 200, de Sydney, terminou com elevação de 0,20%, aos 5.587,80 pontos, renovando a máxima em seis anos. O setor de mineração foi ajudado pelo dado da China, tendo em vista que o mercado chinês é um dos mais importantes do mundo para commodities industriais. Os papéis da Rio Tinto ganharam 0,87% e os da BHP Billinton avançaram 0,21%, afastando um enfraquecimento do início do pregão.
O índice Kospi, porém, cedeu 0,08%, aos 2.026,62 pontos. O Produto Interno Bruto (PIB) da Coreia do Sul expandiu-se 0,6% no segundo trimestre em relação aos três primeiros meses do ano, o ritmo mais lento desde o primeiro trimestre de 2013, em termos sazonalmente ajustados.
Os números de exportação do Japão não foram bons e o índice Nikkei da Bolsa de Tóquio encerrou com perdas de 0,29%, aos 15.284,42 pontos. A balança comercial do Japão registrou um déficit de 822,2 bilhões de ienes (US$ 8,1 bilhões) em junho, mais que quadruplicou na comparação com o mesmo mês em 2013.
As exportações em junho tiveram uma redução de 2%, para 5,94 trilhões de ienes, enquanto as importações aumentaram 8,4%, para 6,76 trilhões de ienes. O Japão não registra um superávit na balança comercial desde junho de 2012.
A desaceleração das economias emergentes e o aumento de suas importações de hidrocarbonetos para compensar o blecaute nuclear após o acidente de Fukushima em 2011 fizeram com que o Japão, tradicionalmente uma potência exportadora, acumulasse quase dois anos de saldos comerciais negativos.
== Mundo-Nipo (MN)
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