Do Mundo-Nipo
O Japão e a Coreia do Sul concordaram nesta segunda-feira em melhorar as relações bilaterais que têm sido tensas devido a percepção histórica da guerra e disputa por ilhas no Mar do Japão.
“Acredito que este encontro proporcionou o início para a construção de várias camadas, orientadas para o futuro das relações Japão-Coréia do Sul”, disse o chanceler japonês, Fumio Kishida, em conferência de imprensa, após a conversa com o chanceler sul-coreano, Yun Byung Se, em Brunei.
Esta foi a primeira vez em nove meses que os ministros das Relações Exteriores dos dois países mantiveram conversações.
Yun levantou a questão da percepção histórica do Japão, em uma aparente referência às observações no início deste ano do prefeito de Osaka, Toru Hashimoto, sobre “bordéis militares” durante a guerra, bem como a declaração do primeiro-ministro Shinzo Aobe, que disse que a definição de “agressão” ainda precisa ser corrigida.
Kishida explicou que a posição japonesa anterior causou grandes danos as relações com vários países, principalmente asiáticos e que o país teve a humildade de reconhecer tais fatos históricos. Ele expressou profundo remorso e desculpas genuínas.
Kishida e Yun concordaram que é importante para o Japão ganhar a compreensão sul-coreana para avançar nas relações bilaterais.
Em abril, Yun cancelou sua planejada viagem ao Japão em protesto contra a visita de ministros japoneses ao Santuário de Yasukuni, que homenageia mortos de guerra do Japão, incluindo vários criminosos de guerra Classe-A, sendo visto pela China e Coréia do Sul como um símbolo do militarismo japonês.
Kishida e Yun conversaram nos bastidores de uma série de reuniões envolvendo a Associação de Nações do Sudeste Asiático e seus parceiros de diálogo.
As informações são da agência Kyodo.
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