Do Mundo-Nipo
“Restrições à entrada de cidadãos norte-coreanos no Japão, incluindo os pedidos para que cidadãos japoneses deixem de viajar voluntariamente à Coreia do Norte, serão retiradas”, conforme o anúncio do primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, nesta quinta-feira (3), que decidiu suspender parte das sanções unilaterais que seu país mantém sobre a Coreia do Norte depois que o regime de Kim Jong-un aceitou investigar os sequestros de cidadãos japoneses ocorridos há décadas.
Restrições sobre transferências monetárias também serão suavizadas. Atualmente, envios do Japão à Coreia do Norte que ultrapassam o valor aproximado de US$ 30 mil devem ser notificados às autoridades. Viajantes também são obrigados a declarar valores acima de US$ 1 mil em dinheiro à Coreia do Norte.
Além disso, navios norte-coreanos terão permissão para atracar em portos japoneses por razões humanitárias. Desde outubro de 2006, todas as embarcações provenientes deste país são proibidas tanto atracar como há também um limite de distância e restrições de entrada na costa de certas localidades. Apesar da liberação, o governo japonês afirmou que vai manter a proibição sobre o navio de carga e passageiros Mangyongbong.
A proibição sobre todas as importações e exportações entre os dois países, que é um dos pilares das sanções unilaterais japonesas, também será mantida.
O primeiro-ministro explicou que o Executivo decidiu suspender parte das sanções depois de considerar que o comitê formado pela Coreia do Norte para investigar os sequestros está “suficientemente capacitado” para resolver a questão.
Além disso, o anúncio coincide com a notícia que o regime de Pyongyang entregou ao Japão uma lista com dez nomes de japoneses que vivem na Coreia do Norte, na qual estão incluídos alguns sequestrados.
A lista dos nomes inclui também histórias pessoais e que o Japão vai analisar os casos para determinar se coincidem com os dos desaparecidos.
Tóquio estipulou há alguns anos como condição primordial a resolução dos sequestros para suspender as sanções e normalizar os laços com a Coreia do Norte, um Estado que não reconhece e com o qual não mantém relações diplomáticas.
(Com informações da NHK News e Agência Kyodo)
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