Do Mundo-Nipo com Agências
A Câmara Baixa do Parlamento do Japão adotou por unanimidade uma resolução condenando o terrorismo. Os parlamentares condenou veementemente o suposto assassinato de dois cidadãos japoneses por militantes do Estado Islâmico (EI).
O documento, imitido pelos legisladores na quinta-feira (5), afirma que a Câmara Baixa Japonesa “condena todo e qualquer ato terrorista”, e que as mortes de Kenji Goto e Haruna Yukawa são injustificáveis, “atos de terrorismo acintosos e desprezíveis”.
Os legisladores exortam o governo do país para que amplie a ajuda humanitária ao Oriente Médio e às nações africanas. O texto reforça o pedido de cooperação com a comunidade internacional em vista de “garantir a paz e estabilidade na região da Ásia-Pacífico, assim como em todo o mundo, para defender a paz e segurança do Japão”.
A resolução pede ainda que todas as medidas sejam tomadas para garantir a segurança dos cidadãos japoneses no exterior.
Assassinato dos reféns pelo Estado Islâmico
Em um vídeo publicado na internet no dia 20 de janeiro, um suposto membro do grupo jihadista do EI dava um prazo de 72 horas ao governo do Japão para pagar US$ 200 milhões e evitar a execução dos dois reféns de nacionalidade japonesa, o jornalista Kenji Goto e Haruna Yukawa.
Goto foi capturado em outubro do ano passado, depois de viajar à Síria para tentar negociar a libertação de Haruna Yukawa, que foi executado no dia 24 de janeiro.
Após a morte de Yukawa, o grupo passou a ameaçar matar o japonês Kenji Goto e o piloto jordaniano Mu’ath al-Kaseasbeh se a terrorista iraquiana Sajida al Rishawi, que está presa na Jordânia, não fosse libertada. O governo jordaniano afirmou concordar com a troca, mas exigiu uma prova de vida do piloto.
No dia 31 de janeiro, os militantes do Estado Islâmico publicaram um vídeo mostrando o corpo decapitado de Goto.
No vídeo, um homem encapuzado e com acentuado sotaque britânico falou se dirigindo ao primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, afirmando que os cidadãos japoneses sofreriam as consequências pelos atos do premiê.
“Por causa de sua decisão imprudente de tomar parte em uma guerra impossível de ganhar, esta faca irá não apenas matar Kenji, mas também continuar e causar massacre onde quer que seu povo seja encontrado. Que comece o pesadelo para o Japão”, disse o terrorista.
Na última terça-feira, os militantes divulgaram um vídeo, aparentemente mostrando o piloto jordaniano Mu’ath al-Kaseasbeh sendo queimado vivo dentro de uma jaula.
Shinzo Abe afirma que Japão não vai se render ao terrorismo
No dia seguinte, o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, foi a público e disse que estava profundamente irritado com a morte “revoltante” do piloto jordaniano, e repetiu que o Japão não vai se render ao terrorismo.
“O Japão não vai se curvar ao terrorismo. Eu vou cumprir meus compromissos de combater o terrorismo, trabalhando com a comunidade internacional e expandindo a ajuda humanitária”, disse Abe.
O premiê japonês defende o discurso que fez no último mês no Cairo, no qual ofereceu 200 milhões de dólares em ajuda não militar para países opositores ao Estado Islâmico.
“Nós temos que garantir a paz e estabilidade da região da Ásia-Pacífico, assim como do mundo, para defender a paz e segurança do nosso país”, acrescentou Abe.
(Com informações das Agências Reuters, Kyodo e Emissora NHK)
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