Do Mundo-Nipo com Agências
O secretário-chefe do gabinete e porta-voz do governo japonês, Yoshihide Suga, disse nesta segunda-feira (6) que o governo alimenta esperanças de que as negociações entre as Coreias do Sul e do Norte levem a uma solução nas questões envolvendo o reinício do programa nuclear de Pyongyang, bem como os inúmeros testes de mísseis balísticos efetuados pelo país no Mar do Japão.
No último sábado, representantes da Coreia do Norte estiveram na Coreia do Sul para participar da cerimônia de encerramento dos Jogos Asiáticos que tiveram lugar na cidade sul-coreana de Incheon.
O otimismo de Suga se deve ao encontro separado que aconteceu entre os representantes dos dois países após o encerramento do evento esportivo. Três dirigentes do regime de Pyongyang se reuniram com o ministro sul-coreano da Unificação e o Conselheiro Nacional de Segurança.
Os dirigentes norte-coreanos transmitira a disposição de seu regime em retomar oficialmente os contatos entre o final de outubro e início de novembro.
A última vez que fizeram isso foi em fevereiro, o que permitiu a reunião de famílias separadas pela guerra (1950-53), embora o encontro tenha sido interrompido pela tensão militar, na sequência de vários testes norte-coreanos de mísseis balísticos e, principalmente, questões envolvendo uma denúncia sobre Pyongyang ter reiniciado seu programa nuclear. Desde então, Seul pedia em vão a retomada do diálogo com Pyongyang.
Programa nuclear norte-coreano
No início do mês passado, a Agência Internacional de Energia Atômica das Nações Unidas (AIEA) alertou que o programa nuclear da Coreia do Norte pode ter sido relançado após um breve período de suspensão. Desde 2006, Pyongyang já realizou três testes atômicos, mas o programa nuclear estava suspenso desde o ano passado, pressionado pelas sanções internacionais que limitam o comércio e as finanças do país.
Em um relatório aos Estados-membros do organismo, o diretor-geral da AIEA, Yukiya Amano, afirmou que especialistas detectaram atividade operacional no reator de Yongbyon, que tem capacidade de produzir plutônio, um material que serve para fabricar bombas atômicas.
Desde 2009 os especialistas da AIEA não têm acesso à Coreia do Norte. “Mediante análise de imagens de satélite, descargas de vapor e saídas de água de refrigeração em um reator, o organismo observou sinais consistentes com o funcionamento do reator”, afirmou o responsável da agência nuclear da ONU.
(Com informações das agências France Presse e Kyodo)
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