Do Mundo-Nipo
O ministro de Relações Exteriores do Japão, Fumio Kishida, disse que apoia aos ataques aéreos norte-americanos no Iraque. A declaração do ministro aconteceu neste sábado (9), após uma reunião com o secretário de Estado dos EUA, John Kerry.
Kishida e Kerry participaram de um congresso asiático em Naypyitaw, capital de Mianmar, onde ambos concordaram em aumentar a cooperação para garantir a estabilidade na região, com foco no Iraque e na Faixa de Gaza.
Após a reunião, Kishida disse a repórteres que garantiu a Kerry que o Japão “tem apoiado a luta do governo iraquiano e dos Estados Unidos contra o terrorismo”, destacando que os ataques aéreos dos EUA fazem parte dessa luta, conforme noticiou a agência Estado.
O ministro japonês afirmou ainda que ele e Kerry concordaram em cooperar de perto nas questões envolvendo a Coreia do Norte e a Ucrânia.
Ataque aéreo dos EUA
Os bombardeios dos EUA foram autorizados na quinta-feira (7) pelo presidente Barack Obama, com a alegação de defender as minorias que estão sendo massacradas pelos jihadistas no país. Obama também autorizou uma operação humanitária de assistência aos deslocados.
Os EUA também começaram os lançamentos aéreos de suprimentos de emergência a membros da etnia Yazidi, dezenas de milhares dos quais estão em uma montanha deserta para evitar os combatentes, que ordenaram que eles se convertam ou morrerão.
O Departamento de Estado norte-americano disse que aviões lançaram 72 cargas com mantimentos, incluindo oito mil refeições prontas para consumo e milhares de litros de água potável.
Na sexta-feira (8), os Estados Unidos lançaram mais dois ataques aéreos contra posições do Estado Islâmico (EI) no norte do Iraque, além do primeiro ataque anunciado mais cedo, afirmou o Pentágono por meio de comunicado divulgado neste sábado.
Segundo a agência Reuters, os novo ataques incluíram o de um drone (veículo aéreo não-tripulado) sobre a posição de lançamento morteiro e o de quatro aviões caça F/A-18 contra um comboio do EI perto da cidade de Erbil, capital da região do Curdistão iraquiano e pólo industrial de empresas norte-americanas.
O EI é um grupo radical islâmico jihadista que se apoderou de uma parte do noroeste do país, na fronteira com a Síria, e proclamou a criação de um califado nas zonas conquistadas. Os membros desse grupo se apresentam como herdeiros de um regime que existiu da época do profeta Maomé até um século atrás.
Autoridades norte-americanas e europeias disseram que comboios do EI estavam indo em direção a Erbil. Governos ocidentais temiam que um dos comboios poderia estar a caminho de um ataque a comunidades cristãs da área de Erbil, disse uma das autoridades.
(Com informações das agências Estado, Reuters e Kyodo)
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